A participação das mulheres na política segue sendo um desafio. As desigualdades de gênero impõem inúmeros obstáculos. Podemos citar a tripla jornada, a responsabilidade pelos filhos que não são bem-vindos nos espaços, a dificuldade em falar em público num ambiente hostil, assédio, entre outros tantos.
Até mesmo nas categorias compostas majoritariamente por mulheres, o mais comum é que o movimento seja construído por homens, em sua maioria. Entre os dirigentes sindicais, essa desproporção é ainda mais visível.
As mulheres que enfrentam esses obstáculos na construção da luta da nossa classe sempre são atravessadas por situações violentas, como ocorreu neste dia 14 durante o 34º Congresso da CNTE, que ocorreu de forma virtual.
Silvia Leticia Luz, militante da Luta Socialista, dirigente do SINTEPP-PA e da CSP Conlutas e fundadora do PSOL, enquanto fazia sua fala num debate intenso sobre a conjuntura e o movimento sindical, foi atacada no chat por um militante da Articulação Sindical (CUT). Wellington a chamou de “lunática”, “ser pequeno” e ainda debochou da luta contra o machismo chamando de “vitimização”. Desqualificar ou deslegitimar a fala de uma mulher é mais um dos dispositivos patriarcais de exclusão. A Educação Básica é composta em sua grande maioria por mulheres, e precisamos lutar para que esta proporção seja refletida nos sindicatos e também no interior da CNTE.
A Unidade Classista manifesta solidariedade à companheira Silvia. MACHISTAS NÃO PASSARÃO!

UNIDADE CLASSISTA
FUTURO SOCIALISTA