PREFEITURA DEMITE 174 FUNCIONÁRIOS DA SAÚDE VIA SMS DURANTE ÁPICE DA PANDEMIA

Os Governos Covas-Dória não satisfeitos em superfaturar hospitais de campanha, fraudar licitações de suprimentos hospitalares (incluindo EPIs) e tentar terceirizar hospitais durante a pandemia, agora demite de surpresa 174 funcionários da saúde distribuídos em 4 hospitais municipais no ápice da contaminação por coronavírus.

Os funcionários são contratados em regime de emergência, uma excepcionalidade precarizada de contratação na prefeitura que não inclui o direito anual a férias, nem direito à multa de 40% do FGTS recolhido como verba rescisória e também são vetados de sacar o FGTS recolhido antes de 3 anos sem movimentação.

Estes contratos são irregulares e as gestões anteriores da prefeitura, dando sequência ao ataque na saúde pública municipal, negaram-se a efetivá-los como quadros estatutários da administração, fazendo coro com o projeto de precarização pela ausência de quadros suficientes para o atendimento do público.

Só no Hospital Municipal do Campo Limpo, que em agosto do ano passado sofreu uma tentativa de terceirização irregular e ilegítima, repudiada pelos servidores, usuários e conselheiros de saúde da população, foram 72 funcionários demitidos arbitrariamente e que, entre as festividades de natal e ano novo, foram surpreendidos com suas demissões através de mensagem de texto no celular.

Outros hospitais foram o Tatuapé (Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio) com 45 funcionários demitidos, o Jabaquara (Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya) com 50 demitidos e o Mooca (Hospital Municipal Dr. Ignácio Proença de Gouvêa) com 7 demitidos.

O último concurso público na área foi realizado em 2017 e não recompôs as vagas designadas pela prefeitura – um número abaixo do quadro real de déficit na administração da saúde municipal. De lá pra cá a gestão Covas-Dória extinguiu a Autarquia Hospitalar Municipal no pacote de extinção das entidades autárquicas do município e do estado e negou-se a reajustar os salários dos administrativos municipais e instituir o plano de carreira da categoria.

A Unidade Classista se solidariza com os trabalhadores demitidos arbitrariamente e se coloca na defesa da saúde pública, na exigência de novos concursos e na ampliação da assistência, sobretudo mas para além da pandemia.