DESINDUSTRIALIZAÇÃO – CONSEQUÊNCIA DE UMA POLÍTICA DESASTROSA PARA A CLASSE TRABALHADORA

Ao comunicar o encerramento de suas atividades no Brasil nesta segunda-feira (11/01) a montadora Ford extingue 6.171 postos de trabalho. E acaba expondo o resultado de uma política desastrosa para o povo brasileiro e toda sua classe trabalhadora.

No documento apresentado aos concessionários da Ford, os destaques foram à situação de instabilidade política do país desde 2013, o aumento da capacidade ociosa da produção por conta da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), a desvalorização da moeda.

As bases de produção da Ford serão fechadas em Horizonte (CE), Camaçari (BA) e Taubáte (SP). 8 mil trabalhadores estão realizando uma manifestação na frente da Ford em Camaçari, colocando fim a 20 anos de atividade, apesar dos mais de 20 bilhões de reais de isenção fiscal nos últimos anos.

Trabalhadores reunidos no pátio da FORD em Camaçari/BA
(Foto: Tiago Caldas/CORREIO)

No mês passado (17/12/2020) a Mercedes-Benz encerrou as atividades no Brasil, segundo a empresa, ela está buscando uma alternativa para os seus 370 funcionários.

Levando em consideração a história recente do Brasil, entre os anos de 2013 e 2017, a indústria brasileira fechou aproximadamente 1,3 milhão de postos de trabalho, diminuindo em quase 15% o seu efetivo. Hoje a indústria representa apenas 10,4% do PIB nacional.

A política econômica conduzida de forma desastrosa por Paulo Guedes aponta uma política voltada para especulação no mercado financeiro, pela exportação de commodities agrícolas e uma política agressiva de privatização dos setores estratégicos do país, aliada a uma desindustrialização em massa, que deveria ser revertida com forte planejamento estatal e investimento público.

É preciso organizar as lutas nesse momento difícil, nas suas manifestações e greves. Devemos estar organizados para dar um basta nesse governo e em sua política que destrói a economia e lança milhares de pessoas no desemprego.

As manifestações aconteceram hoje (12/01) na porta da Ford em Camaçari/BA. Estimasse que 3 mil trabalhadores estavam presentes no ato. (Foto: Tiago Caldas/CORREIO)

“É preciso lutar sem trégua pela retomada da industrialização, com planejamento estatal, salários e jornadas de trabalho benéficas para os trabalhadores e foco na produção de setores estratégicos e no plano imediato pela manutenção dos empregos, por medidas de reconversão industrial para produção de equipamentos e insumos médicos, contribuindo diretamente no combate a Pandemia e no combate ao desemprego.” Declarou Sidney Moura, Secretario Sindical do Partido Comunista Brasileiro (PCB).

A Unidade Classista prestará solidariedade militante aos trabalhadores da Ford e trabalha para construir fóruns regionais de luta sindical e popular em todo o Brasil, para organizar a resistência aos ataques, construir a contraofensiva dos trabalhadores e organizar um Encontro Nacional da Classe Trabalhadora (ENCLAT), que seja capaz de realizar um balanço e propor um plano de ação para a reorganização de nossa classe.

AVANTE CAMARADAS!

UNIDADE CLASSISTA!

FUTURO SOCIALISTA!