Hoje (19/05) a partir da meia-noite, os metroviários entraram em greve devido aos ataques sistemáticos que vem recebendo do governo tucano de João Dória, antes e durante a pandemia (que agravou ainda mais a situação dos trabalhadores, com mais de 400 casos confirmados de covid e 25 mortes na categoria), inclusive os trabalhadores do metrô enfrentam até uma tentativa de despejo da sede do sindicato, em clara postura antissindical do governo estadual.

A greve é justa e necessária sob vários aspectos, desde a parte sanitária, em que apesar dos metroviários terem arrancado a força uma prioridade na vacinação, junto a outras categorias do transporte, o governo fez completo pouco caso para o plano de emergência em defesa da vida apresentado pelo sindicato em 24/03, postura (junto com a negativa de estabelecer um lockdown estadual, com garantia dos empregos e auxílio emergencial estadual complementar ao nacional) que resultou e continua gerando vários casos de contágio e morte destes trabalhadores, até os aspectos mais ligados a esfera trabalhista.

O Metrô, apesar dos bons resultados financeiros e do volume de recursos da empresa (apesar da tentativa constante de sucateamento do governo, para justificar uma privatização total), deixou a categoria sem reajuste há dois anos e deu calote na participação nos resultados (PR) de 2019 e 2020, um direito trabalhista conquistado a duras penas (como todos os demais), executando a retirada de direitos conquistados em acordos coletivos dos anos anteriores. Ou seja, a postura do governo Dória é de responsabilizar a pandemia pela crise e deixar os metroviários à sua própria sorte.

Do lado da categoria ferroviária a situação não é menos grave, com lançamento de um programa de demissão incentivada (em plena pandemia! com milhões de desempregados e pessoas passando fome!) por parte da CPTM, assim como calotes também na participação de resultados (PR), tentativas de redução de horas extras, adicional noturno e até do direito de aleitamento materno!
O governo Dória demonstra claramente muito mais compromisso em garantir os lucros das concessionárias do que negociar e garantir os direitos mínimos dos trabalhadores! Para as empresas gastos sem miséria, para os trabalhadores é arrocho e cortes nos adicionais e em vários direitos!

É greve porque a situação é muito grave!

Diante de todos esses ataques, a corrente sindical Unidade Classista presta solidariedade militante a greve dos e das metroviárias(os) em todas suas reivindicações, inclusive no plano de emergência para a pandemia, e tambem nos solidarizamos com a luta da categoria ferroviária, pois entendemos que só a luta coletiva pode gerar transformações nas condições de trabalho, recuando os ataques do governo Dória e trazendo uma ofensiva para conquistas de novos direitos por parte dos trabalhadores dos trilhos!

Não é possível combater melhor a pandemia, parar com esse genocídio, passando por cima dos trabalhadores dos transportes! Por isso é fundamental mobilizar os trabalhadores para enfrentar a grave crise que vivemos e botar em prática medidas que efetivamente preservarão a vida e saúde dos trabalhadores, assim como os empregos e a alimentação como:

• Basta de genocídio! Nem Bolsonaro, nem Dória! O povo quer emprego, moradia e vacinação já!;
• Vacinação gratuita e já para toda a população! Com quebra de todas as patentes das vacinas e dos insumos;
• Lockdown estadual imediato, para conter as mortes e os contágios provocados pela pandemia;
• Transporte 100% público, rejeição completa aos leilões da cptm e reversão das privatizações em todo setor dos transportes;
• Impulsionar as lutas e construir a necessária Greve Geral para derrotar Bolsonaro e Mourão!

Comissão Executiva Estadual – Unidade Classista – SP