SEM LIVROS, SEM PROFESSORES, SEM APRENDIZADO: O QUE MAIS FEDER QUER?

É interessante como o secretário da educação está indo rápido com suas medidas. Faz lives mostrando sua simpatia forçada e desconversa sobre nossas inúmeras cobranças, como a questão dos APDs que ele garantiu que seria revista e depois nunca mais tocou no assunto. Então ele lança a tática de “faça o mal de uma vez” e vai aprovando resolução atrás de resolução e portarias que violam nossa prática docente e atingem diretamente nossos jovens.

Enquanto ainda estamos tentando combater a questão das plataformas e da portaria que dá direito ao diretor de nos vigiar, vem a triste notícia de que não iremos mais aderir ao PNLD, ou seja, não compraremos livros didáticos. Segundo a pasta, tudo será por via digital.

Ora, por via digital ele quer dizer os tais slides que foram disponibilizados como uma forma de ajudar o docente – mas que somos obrigados a usar – selecionados por quem? Como isso foi tão rapidamente produzido? E essa plataforma que usa o sistema BI– Busines Inteligence – do Escola total, como foi tão rapidamente transferida pra nós? Já falamos que ela foi usada no Paraná? Pois é… o secretário está fazendo aqui tudo que fez lá, mas como encontrou resistência, veio com força aqui pra gente não ter tempo.

O material digital é um suporte e não deveria ser mais que isso. Ponto. Nós não somos robôs e muito menos nossos estudantes. Livro é direito. Não pode ser substituído. Professor, professora, a interação, a relação, não pode ser substituída por slide que define, inclusive, tempo para a realização de atividades. Ora! Que falta de respeito!! O aprendizado não pode ser cronometrado ou contabilizado em uma prova – que no outro estado tinha o nome do estado.

Não há nada de novo na política de Feder. Ele simplesmente aprendeu a agir mais rápido. Mas se ele pensa que não terá resistência, com certeza não conhece a categoria! É hora de lutar!

Contra o monitoramento das aulas!

Em defesa do pluralismo de concepções pedagógicas! Contra a padronização das aulas promovidas com os slides!

Professor não é tarefeiro! Pela liberdade de ensinar!

Por uma educação pública, popular e que atenda aos interesses da classe trabalhadora!

UNIDADE CLASSISTA – Fração APEOESP