JUSTIÇA PARA MOÏSE KABAMGABE
No dia 24/01, após prestar serviços a um quiosque da praia da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, o jovem congolês Moïse Kabamgabe (24 anos), ao exigir o pagamento – já atrasado – por seus serviços prestados ao dono do quiosque, foi cercado por cinco homens, que o amarraram e o espancaram até a morte, utilizando pedaços de madeira e um taco de beisebol. Para piorar a brutalidade do crime e a nossa terrível herança do racismo estrutural, o jovem foi considerado indigente e, com menos de 72 horas de sua morte, teve seus órgãos retirados.
Moïse e sua família fugiam da violência da guerra civil no Congo, África. Porém, no Brasil, que tem a fama de “pacífico”, o jovem foi vítima de outro tipo de violência: a alimentada pelo racismo, pela xenofobia e pela negação dos direitos trabalhistas mais básicos. Numa conjuntura onde tudo é negado aos trabalhadores, ser um jovem negro e estrangeiro trabalhando sem nenhuma garantia formal de direito e em condições precárias foi o suficiente para que seus agressores se sentissem no direito de desumanizá-lo e espancá-lo até a morte.
A Unidade Classista é solidária aos familiares e amigos de Moïse Kabamgabe, assim como a todos os trabalhadores e trabalhadoras que, independentemente do território em que nasceram, lutam para reconstruir suas vidas com dignidade em nosso país. Sentimos muito por encontrarem um Brasil cujo governo e sua base legitimam e naturalizam essa barbárie baseada nesta e em outras diversas formas de manifestação de violência.
A CLASSE TRABALHADORA É INTERNACIONAL!
UNIDADE CLASSISTA, FUTURO SOCIALISTA!
Secretaria de Luta Antirracista