GREVE DOS TRABALHADORES DA REDETV!

Desde o dia 31/08, os trabalhadores da emissora RedeTV, estão em greve por tempo indeterminado. Eles estão reivindicam o reajuste salarial equivalente à inflação entre 2018 e 2021.

A proposta de conciliação apresentada pelo Juiz foi um reajuste de 17% em três vezes, com a primeira de 7% em outubro, a segunda de 5% em janeiro de 2022 e a terceira de mais 5% em abril de 2022, sem direito a reivindicação do retroativo como foi pedido pelo Sertesp (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de São Paulo). A categoria está há 04 anos sem reajuste salarial e as perdas já alcançam a cifra de 18,72%.

A RedeTV apresentou hoje (09/09) uma proposta 7,70%. Estão participando ativamente da greve os câmeras, operadores de vídeo, produtores, editores de imagem, advogados, trabalhadores de recursos humanos, secretários, secretárias, copeiras, faxineiras, seguranças e até professores de educação física. Todos, independentemente da função que ocupam, são radialistas. Os únicos funcionários que não aderiram até o momento foram os jornalistas.

Os trabalhadores estão realizando revezamento na porta da emissora, já que a carga horária de trabalho é de seis horas, onde o sindicato montou duas tendas para garantir que tenham a disposição água, café, leite e pão para o café da manhã e marmitex para o almoço.

A RedeTV proibiu os grevistas de entrar na emissora para tomar água e até usar os banheiros. Por isso, o sindicato também montou banheiros químicos do lado de fora.

A pressão e as ameaças para que os trabalhadores voltem ao trabalho é enorme, mas a categoria, que parou porque a direção da emissora não quis negociar a pauta de reivindicações, resiste.

Na madrugada do primeiro dia da greve, o apresentador Sikêra Jr., criticou ao vivo os grevistas e ainda sugeriu que eles podem perder o emprego, em seu programa “Alerta Nacional”.

“Ei, você, que tá na porta da RedeTV!. Acaba com isso. Vamos trabalhar. Olha, tem muita gente desempregada querendo tomar o seu lugar. Não é hora pra isso”.

“É um caso de assédio moral coletivo – A RedeTV paga o menor salário do mercado para a categoria”, protestou Hegberto (diretor do Sertesp).