GREVE DOS APPs: ENTREGADORES PARALISAM NOVAMENTE!

Desde o dia 9 de outubro, os entregadores de aplicativos realizaram importantes paralisações em algumas cidades do interior de São Paulo, como Paulínia, São José dos Campos e Jundiaí, chegando a 7 dias de mobilização. Posteriormente, as paralisações se estenderam a outras cidades e estados, como Bauru, Atibaia, Niterói e São Gonçalo.

Os entregadores reivindicam melhores taxas nas entregas, que acompanhem de fato os altos reajustes nos preços dos combustíveis, alimentação, etc.; o fim dos bloqueios injustificados e sem direito à defesa, onde os entregadores sequer podem questionar os motivos destes bloqueios; e também o fim da coleta múltipla, onde são feitas duas ou mais entregas de uma vez e eles não recebem o valor integral de cada um destes pedidos. A Ifood e outras empresas que lucram com o alto índice de desemprego, informalidade, pandemia e desregulamentação das relações trabalhistas, sequer se pronunciaram sobre as mobilizações.

Desde o início da pandemia, mais de 11 milhões de brasileiros e brasileiras engrossaram as fileiras da categoria de trabalhadores de aplicativo. No entanto, diante das péssimas condições básicas de vida, muitos acabam desistindo até mesmo dos trabalhos mais precarizados, como os motoristas de Uber: na cidade de São Paulo, cerca de 25% desistiram devido ao alto preço dos combustíveis, fruto da Política de Paridade de Importação (PPI), instituída no governo Temer e que submete os preços do mercado interno aos interesses e oscilações do mercado internacional, rifando nossa soberania e a dignidade do povo brasileiro, em nome do lucro de alguns poucos acionistas.

A Unidade Classista reafirma seu apoio a mais uma paralisação dos entregadores de aplicativos, categoria duramente atingida pela pandemia e pelas novas formas de exploração no mundo do trabalho, mas que se mantém mobilizada contra a ofensiva dos monopólios de aplicativo de entrega.