CAMPANHA SALARIAL DOS BANCÁRIOS 2O24: SÓ A LUTA GARANTE CONQUISTAS!
Colegas bancários:
Nossa data base se aproxima (1º de setembro), e já começou a Campanha Salarial deste ano. Mais uma vez, os bancos anunciam altos lucros, os bancos privados continuam com demissões e fechamento de unidades e nos bancos públicos permanece o assédio institucionalizado e a insegurança frente a reestruturações como na Caixa e a ameaça de perda de comissões como no Banco do Brasil.
Numa situação como essa, a Unidade Classista Bancária tem a certeza de que somente uma forte mobilização, inclusive apontando a construção de uma grande greve nacional da categoria, será capaz de quebrar a intransigência dos banqueiros e das gestões dos bancos públicos e arrancar conquistas.
A preparação de nossa Campanha Salarial começou muito mal
Infelizmente, o que a gente constata é que os eventos que iniciaram nossa Campanha Salarial em nenhum momento apontaram para a construção de uma forte mobilização. De O7 a O9 de junho, estiveram reunidos em São Paulo delegados e delegadas das bases sindicais participando da Conferência Nacional da categoria; antes, de O4 a O6 de junho ocorreram os Congressos dos empregados dos bancos públicos, também em São Paulo.
Na nossa avaliação dos bancários da Unidade Classista, estes foram os piores Congressos e Conferências bancários que já presenciamos. Nenhum teve grupo de debate, apenas plenária, com um monte de mesas temáticas com palestrantes e pouquíssimo espaço para intervenções dos delegados; nas palavras de vários participantes, “parecia mais um Seminário do que um Congresso ou Conferência”. Mesmo nos temas que a princípio poderiam ter alguma relevância (por exemplo, impactos da Inteligência Artificial) não houve nenhum desdobramento apontando um plano de ação e/ou de lutas.
Ao contrário, o que imperou foi um tratamento amistoso com a banqueirada aquilo que nós da Unidade Classista chamamos de conciliação de classes. A coisa foi tão escancarada que, só para dar dois exemplos, no painel do Congresso do BB sobre Cassi e no Encontro específico do Itaú havia representantes dos patrões na mesa! No caso da Cassi/BB, a Cassi tem diretor eleito pelos empregados mas quem foi chamado para compor a mesa foi o representante do banco na Diretoria da Cassi; no Itaú o representante presente é o Recursos Humanos, ex Jurídico, com conhecida prática anterior antissindical.
Reverter o imobilismo e construir a mobilização!
Precisamos virar o jogo e construir uma forte e poderosa Campanha Salarial, com mobilização, paralisações, grandes assembleias presenciais para recusar as propostas indecorosas (que certamente os patrões irão apresentar) e organizar a luta. Não podemos transformar a Campanha Salarial num mero “jogo de cena de negociação na mesa” e os bancários apenas olhando como espectadores num teatro.
A Unidade Classista Bancária conclama aos companheiros bancários e a todos os sindicatos e sindicalistas que saíram insatisfeitos e frustrados da Conferência Nacional dos Bancários e dos Congressos dos bancos públicos a arregaçarmos as mangas, construirmos a luta e virarmos esse jogo, para garantir avanços e conquistas para a categoria bancária nesta Campanha Salarial.
OS PATRÕES SÃO NOSSOS INIMIGOS, NÃO NOSSOS AMIGOS!
CONSTRUIR UMA FORTE E VIGOROSA CAMPANHA SALARIAL!
SÓ A LUTA CONQUISTA E MANTÉM DIREITOS!
Unidade Classista Bancária