BANCÁRIOS SOB ATAQUE ULTRALIBERAL

Os trabalhadores do sistema bancário e de crédito estão sofrendo no momento um forte ataque das organizações patronais, sejam elas privadas ou estatais, acarretando um processo de desmonte de suas estruturas, utilizando de métodos que variam entre retirada de direitos a demissões em massa.

Compreendemos que devido à pluralidade das demandas, a luta sindical tem que organizar as mobilizações e formas de enfrentamento a cada situação especifica, e que esses ataques têm como objetivo aumentar a margem de lucro em detrimento dos interesses dos trabalhadores.

Nas instituições privadas

Segundo informações coletadas pelo Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, as instituições financeiras como o Banco Itaú e o Santander mantiveram uma altíssima taxa de lucro em 2020, mesmo com todos os problemas gerados pela crise sanitária e social causada pela pandemia do COVID-19.

O Santander teve um lucro de 7,3%, resultando em um lucro liquido de R$13,9 bilhões. O Itaú, atualmente o maior banco privado do país conseguiu faturar R$ 18,91 bilhões. Isso sem considerar a manobra que essas instituições utilizam para camuflar o valor real de seus ganhos com a Provisão de Devedores Duvidosos (PDD).

Já o Bradesco, apresenta uma política de demissão em massa, o que o presidente da instituição chama de reestruturação, a classe chama de massacre. Octavio de Lazari Júnior (atual presidente do Bradesco), afirmou em reunião virtual, o presidente fez uma alusão sobre esse processo. “É preciso cortar o mato alto” referindo-se a esse processo que já demitiu através do Programa de Demissão Voluntária 7,4 mil pessoas.

Bancos Públicos

A política de ataque aos servidores públicos promovida pelo governo genocida de Bolsonaro segue o seu plano. O ministro da economia e garantidor dos lucros dos setores da burguesia rentista, Paulo Guedes, insiste na ação política de desmonte dos bancos estatais para fortalecer sua instituição financeira e garantir o lucro de seus aliados.

Banco do Brasil

Os trabalhadores do Banco do Brasil (BB) estão mobilizados contra o processo de desmonte da instituição promovida pelo Programa de Demissão Voluntária (PDV), além dos ataques referentes a redução de remuneração (chegando até a 70%), extinção de funções como a de caixa executivo e o fechamento de agências, postos de atendimento e escritórios de negociação.

Por conta desta situação, foi declarado Estado de Greve pela categoria. A decisão foi tomada em Assembleia Virtual realizada pela plataforma Vota Bem, na quinta-feira (05/02) e deliberou a paralisação para o dia 10/02 (quarta-feira).

Caixa Econômica

Os funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) também sofrendo uma forte pressão. É constante o relato de assédio moral contra os funcionários. A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), já se reuniram para debater como barrar o desmonte.

Uma das denúncias que o CEE/Caixa é sobre a estratégia da direção do CEF de criar um novo Banco Digital. O objetivo é fragilizar a estrutura da Caixa, criando uma subsidiária digital, facilitando a incorporação de ativos do banco para agilizar o processo de privatização.

A Unidade Classista – Fração Bancários, soma-se as lutas da categoria e presta sua solidariedade militante, participando ativamente da paralisação do Banco do Brasil, se opondo ao processo de privatização dos bancos estatais e na luta pela manutenção do emprego dos bancários que estão sendo explorados pelo setor privado.

Unidade Classista – Fração Bancários