Greve Geral no Haiti contra o aumento nos combustíveis

 

Barricadas, manifestações na rua e Greve Geral. No Haiti, pede-se a saída imediata do Presidente Jovenet Moise. Há três dias que os trabalhadores e trabalhadoras lutam contra o aumento do preço dos combustíveis

O aumento entre 38% e 51% na gasolina, diesel e querosene definido pelo presidente do Haiti fez com que dezenas de pessoas se manifestassem contra a nova medida tomada pelo Governo e, na segunda-feira, anunciaram uma greve-geral de dois dias exigindo a saída imediata do Presidente, Jovenet Moise.

Após o anúncio, a violência aumentou no Haiti. O aumento do preço na gasolina, diesel e querosene está prevista na redução de participação estatal na questão dos combustíveis como parte do Programa de Assistência Econômica e Financeira, que está sendo implementada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O primeiro-ministro, Jack Gay Lafontant, garantiu que a subida de preços era necessária para equilibrar o orçamento. A decisão não foi bem recebida pelos haitianos e, devido aos protestos no fim de semana, a administração cedeu à pressão e Lafontant suspendeu a medida momentaneamente.

As manifestações contrárias às políticas do governo e do FMI tomam as ruas desde o final de semana, são diversas barricadas nas principais ruas de Porto Príncipe, assim como pneus e carros queimados. A Embaixada dos Estados Unidos aconselhou os cidadãos norte-americanos a manterem-se protegidos e a evitarem deslocar-se para o aeroporto, onde já se juntou muita gente e onde os recursos são limitados. “Serviços de telecomunicações, incluindo Internet e rede de telefonia móvel, foram completamente afetadas no Haiti. Pode ser difícil falar com as pessoas através dos métodos normais”, referiu a embaixada, citada pelos meios de comunicação dos EUA. Dezenas de pessoas encontram-se no aeroporto de Porto Príncipe à espera, uma vez que vários voos para a cidade foram cancelados pelas companhias aéreas. Esta segunda-feira, as embaixadas do México e do Canadá não abriram os respectivos serviços.

Fonte: Expresso