UNIDADE CLASSISTA PRESENTE NO CONGRESSO DA CNTE

Nos dias 13, 14 e 15 de janeiro de 2022, ocorreu de forma virtual o 34º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE). Mais de mil trabalhadoras e trabalhadores das mais de 50 entidades filiadas à CNTE reuniram-se para discutir os rumos da entidade. A Unidade Classista participou ativamente do Congresso, defendendo resoluções próprias e com a representação de delegadas e delegados, eleitos pela base dos sindicatos da educação básica, reafirmando o compromisso pela luta por uma educação pública, de qualidade e popular.

A crise econômica, sanitária e social foi extremamente desafiadora para a educação pública e o conjunto da classe trabalhadora que encarou ainda mais as contradições do projeto da burguesia no qual os lucros se impõe sobre a vida. Trabalhadoras/es da educação se organizaram em diversos estados e municípios no ano de 2021 para exigir o direito de viver dos trabalhadores, estudantes e comunidade escolar. O retorno foi caótico e faltou orientação e firmeza política para conduzir as greves em defesa da vida.
Também se intensificaram os ataques ao serviço público com as propostas de austeridade fiscal com a PEC 32.

O ano de 2022 não será diferente e a classe trabalhadora da educação possui diversos desafios como a contrarreforma do ensino médio e a BNCC, o retorno ao ensino presencial com segurança e ampla vacinação para as crianças, a maior capilaridade dos conglomerados privatizadores da educação nas escolas, os projetos de implementação das escolas cívico-militares e as diversas políticas privatistas nos estados como os vouchers.

A CNTE, filiada à CUT, continua concentrando seus esforços não em derrubar o governo Bolsonaro/Mourão e revogar os ataques à educação básica e ao serviço público, mas em desgastar o governo Bolsonaro visando as eleições deste ano. A CNTE e sindicatos da educação básica precisam superar a conciliação de classes, o apego exclusivo à ordem institucional que secundariza a construção do poder popular. A classe trabalhadora brasileira precisa passar por um processo de reorganização das lutas apostando nas suas próprias forças sem a tutela institucional, construindo um ENCLAT para balanço das lutas e perspectivar uma unidade para superar os imensos ataques que vivenciamos.