Colegas ativos e aposentados da Caixa Econômica Federal:

Na próxima terça-feira, 05/12, os funcionários ativos e aposentados da Caixa estão sendo chamados a decidir acerca da proposta de Acordo Coletivo adicional sobre o Saúde Caixa, apresentado pela empresa e aceito pela representação em mesa dos empregados: a Comissão de Empresa dos Empregados (CEE), vinculada à Contraf/CUT.

Primeiramente, queremos registrar que fomos contra o formato de assembleia virtual. Para nós, isso não é exatamente uma assembleia, pois não há espaço para o debate e apresentação de propostas. Além disso, esse formato inviabiliza que, numa possível rejeição da proposta, os colegas na própria assembleia possam debater alternativas e desdobramentos.

Em segundo lugar, a Unidade Classista considera a proposta apresentada muito ruim. A fórmula de não reajustar a mensalidade do titular mas reajustar exponencialmente a mensalidade adicional dos dependentes (especialmente do primeiro dependente) segue a lógica patronal de descarregar nos ombros dos trabalhadores o aumento dos custos do plano resultantes da “inflação médica”. E mais: a proposta “cria um sobreteto” para quitar os “déficits anteriores”, consumindo as reservas financeiras do Plano – sem falar no fato de que os números do Plano nunca foram adequadamente abertos e auditados; a CEE aceitou como “fato da natureza” a existência de tais déficits sem que isso fosse questionado.

A questão fundamental que a proposta passa ao largo é que sem revogar o teto de 6,5% de aporte da Caixa sobre a massa de salários, o Plano ficará cada vez mais caro para os empregados até tornar-se impagável.
E agora colegas, surgiu um fato novo: o governo recuou e aceitou revisar/revogar a CGPAR 42, sucedânea da extinta CGPAR 23, que são as regras que restringem o aporte de estatais aos planos de saúde dos empregados. Não faz sentido agora aprovar a toque de caixa uma proposta ruim que mantém o teto de 6,5%, teto esse enfiado no Estatuto da Caixa em 2017 sob a lógica da CGPAR 23.

A Unidade Classista conclama os colegas ativos e aposentados da Caixa a rejeitar a proposta na assembleia virtual de 05/12 e a nos mobilizarmos para lutar pela revogação do teto de 6,5%, revogação da CGPAR 42 e garantia das atuais condições do Saúde Caixa para os empregados, com a inclusão do direito ao plano de saúde após a aposentadoria aos colegas admitidos após 2018.

NÃO À PROPOSTA DE ACORDO REBAIXADO DO SAÚDE CAIXA!
PELA REVOGAÇÃO DO TETO DE 6,5%!
SAÚDE CAIXA SUSTENTÁVEL E JUSTO PARA TODOS E TODAS!