O FIM DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E A ABERRAÇÃO DA CARTEIRA VERDE E AMARELA

O então presidente eleito, Jair Bolsonaro, em sua campanha eleitoral apresentou de forma nebulosa diversas propostas estarrecedoras até para os liberais mais ávidos pelo lucro promovido através da exploração da classe trabalhadora. Repetindo como um mantra a frase: ”Chegará um dia em que os trabalhadores vão ter que escolher; nenhum direito e seu emprego, ou todos os direitos, mas sem emprego”.

A confusa equipe de transição do futuro governo, novamente voltou atrás e anúncio do fim do Ministério do Trabalho, confirmado esse ataque brutal contra a classe trabalhadora, encerrando as atividades desse órgão histórico que exercia a função de regular os interesses entre patrões e empregados.

Mesmo com todas as limitações e contradições que o Ministério do Trabalho carregava, ainda servia como um refúgio para os trabalhadores em suas garantias mínimas nesses quase 90 anos de existência. Abrindo um novo período de retrocesso que nos leva praticamente aos anos 20 do século passado.

Além da extinção desse órgão, já havia sido anunciada a consolidação de uma promessa de campanha: A carteira de trabalho verde e amarela.

Esse eufemismo delirante, com uma aparência de fortalecimento do caráter nacionalista, serve apenas para aumentar ainda mais exploração dos trabalhadores. Não bastasse a já terrível Reforma Trabalhista do governo Temer, o futuro presidente e seu ministro de estimação Paulo Guedes, apresentam uma carteira de trabalho com ausência de direitos.

Segundo as apresentações preliminares desse novo instrumento, os novos trabalhadores devem ser livres para fazer a sua opção entre as duas carteiras, escolhendo a mais conveniente para o patrão. E os que ainda utilizam a carteira azul, podem permanecer ou migrar para essa nova modalidade de exploração sem limites.

Alguns juristas já se manifestaram, apontando que é um disparate essa nova regra no contrato de trabalho, superando até a questão do Acordo Coletivo do negociado sobre o legislado, porém, individualizando, trazendo uma diversidade de questões para cada trabalhador.

A Unidade Classista convoca sua militância e toda a classe trabalhadora a se somarem aos atos em protesto contra essa medida arbitrária contra o fim do Ministério do Trabalho em todo país.

 

Unidade Classista!

Futuro Socialista!

 

Em São Paulo:

Dia 11/12/2018
Horário: a partir das 10h
Manifestação das Centrais Sindicais contra o fechamento do Ministério do Trabalho.
Local: Superintendência do Trabalho/antiga DRT
Rua Martins Fontes, 109

Em Porto Alegre: 

Dia 11/12/2018
Horário: a partir das 7h30
Manifestação das Centrais Sindicais contra o fechamento do Ministério do Trabalho.
Local: Superintendência do Trabalho
Av. Mauá, 1013

Em Teresina:

 Dia 11/12/2018
Horário: a partir das 7h30
Manifestação das Centrais Sindicais contra o fechamento do Ministério do Trabalho.
Local: Superintendência do Trabalho
Av. Frei Serafim, 1860

Em Belo Horizonte: 

Dia 11/12/2018
Horário: a partir das 8h30
Manifestação das Centrais Sindicais contra o fechamento do Ministério do Trabalho.
Local: Superintendência do Trabalho
Rua Curitiba, 832

Em Recife:

Dia 11/12/2018
Horário: a partir das 7h30
Manifestação das Centrais Sindicais contra o fechamento do Ministério do Trabalho.
Local: Superintendência do Trabalho
Av. Gov. Agamenon Magalhães, 2000 – Espinheiro