NOTA DE APOIO À GREVE DE TRABALHADORAS E TRABALHADORES MÉDICOS DA SES-DF

A corrente sindical Unidade Classista no DF declara apoio ao movimento grevista de trabalhadores da área médica vinculados secretaria de saúde, considerando as precárias condições de trabalho às quais estão submetidos.

Trabalhadoras e trabalhadores das diversas categorias que compõem a Unidade Classista declaram seu apoio por reconhecer que o Sistema Único de Saúde é resultado do momento de reorganização da dinâmica de reprodução do capital e da intensa luta da classe trabalhadora nas últimas décadas do século XX. Apesar de representar um avanço com relação ao modelo de seguridade social que o antecede, o SUS tem um caráter contraditório, pois existe sob uma relação necessária com o setor privado, o que garante a mercantilização da rede pública de saúde.

A degradação das condições do trabalho médico e de outras categorias no setor público é consequência da progressiva submissão ao capital. Segundo o DIEESE, com base em indicadores publicados em 2018, há uma crescente superexploração da força de trabalho da saúde. Destaca-se, nesse processo, a precarização dos vínculos de trabalho (ex. redução de concursos, CLT, terceirização) e a decomposição salarial.

Empresas como a ADAPS/AGSUS, o IGES, as quais compõem a gestão dos serviços públicos de saúde por todo o Brasil, são uma pequena fração do modo de participação do capital no SUS. A transferência de recursos públicos ao setor privado ainda se realiza através da indústria farmacêutica, de empresas de tecnologia diagnóstica e de insumos, de planos de saúde, etc.

Nosso inimigo é o capital, do qual Ibaneis Rocha e sua rede de gestão são apenas representantes.

A união de médicas e médicos da rede pública é fundamental na contenção do avanço do capital sobre o SUS e na luta pela construção de um sistema de saúde que seja independente do setor privado.

EM DEFESA DO SUS E PARA ALÉM DELE, AVANÇAMOS NA LUTA!