NOTA DA UNIDADE CLASSISTA CEARÁ CONTRA A AÇÃO TRUCULENTA DA POLÍCIA MILITAR NA OCUPAÇÃO CARLOS MARIGHELLA E EM SOLIDARIEDADE AO CAMARADA BRANQUINHO

Na tarde deste último domingo, 16 de agosto, a Ocupação Carlos Marighella foi surpreendida com a chegada de policiais, junto de um homem à paisana, registrando imagens do local da ocupação. Ao questionar a chegada, o camarada Branquinho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Fortaleza e Região Metropolitana, militante e membro da Coordenação Estadual da Unidade Classista, foi agredido pelos policiais, que tomaram seu aparelho celular e pressionaram o camarada sobre a parede, com agressões verbais.

Após proferirem uma série de palavras desrespeitosas, algemaram o camarada na intenção de levá-lo à delegacia, sob a alegação de desrespeito às autoridades, quando estava claro que a intenção dos policiais era de encurralar nosso camarada. Sob protestos das mulheres da ocupação, que cercaram o local, a corja de abutres fardados soltou enfim o camarada Branquinho, sem deixar de fazer suas ameaças antes de sair do local.

Tal atitude mostra o desrespeito e a prática de criminalizar os movimentos sociais, intimidando e enquadrando os dirigentes sindicais e militantes que estão na luta pelos direitos que são negados ao povo trabalhador, dentre eles o direito à moradia. A Coordenação Estadual da Unidade Classista vem à público denunciar e repudiar a ação truculenta na Ocupação Carlos Marighella, além de nos solidarizar com o camarada Branquinho, exigindo esclarecimentos por parte das autoridades estaduais sobre a conduta dos policiais militares que estão constantemente na ocupação, intimidando os moradores.

Ações como a que ocorreram nesse domingo mostram a necessidade de lutar por uma sociedade onde os direitos sejam garantidos e que não exista policiamento militar à serviço dos interesses dos poderosos, tal como a que vemos na sociedade atual, em constante processo de fascistização e milicianismo. Somente a construção do poder popular, no rumo do socialismo, pode garantir o exercício pleno da humanidade com seus direitos historicamente conquistados e a abolição dos instrumentos de repressão da burguesia, visto que a polícia militar tem como função prioritária a defesa da propriedade privada dos ricos.

Exigimos respeito às lutas populares!

Solidariedade ao camarada Branquinho e às famílias da Ocupação Carlos Marighella!

Ousar lutar, ousar vencer!

Coordenação Estadual da Unidade Classista