LUTAR POR 30 HORAS SEMANAIS SEM REDUÇÃO SALARIAL E PELO FIM DA ESCALA 6X1 É UMA NECESSIDADE HISTÓRICA
O movimento sindical nasceu no contexto da Revolução Industrial, emergindo como uma resposta à exploração desenfreada da força de trabalho pelo sistema capitalista. As jornadas exaustivas, salários miseráveis e condições de trabalho insalubres, os trabalhadores se organizaram em sindicatos para defender seus direitos e buscar melhores condições de vida. As primeiras manifestações do movimento sindical foram marcadas por repressão e violência por parte do Estado e dos patrões, que viam nas organizações dos trabalhadores uma ameaça aos seus interesses.
Ao longo do século XX, o movimento sindical conquistou importantes avanços, como a redução da jornada de trabalho, o reconhecimento do direito à greve, a criação de leis trabalhistas e a implementação de benefícios sociais.No entanto, o sindicalismo também enfrentou períodos de forte repressão, como durante as ditaduras militares, quando os sindicatos foram perseguidos e suas atividades restringidas.
No Brasil, a classe trabalhadora organizada em seus sindicatos conseguiu pressionar o governo Getúlio Vargas no período do Estado Novo, promulgando o Decreto 21.186, de 22 de março de 1932. Esse decreto reduziu e regularizou a jornada de trabalho, que antes eram de 12 horas diárias e passou para 08 horas. Hoje, mais de 90 anos se passaram e a jornada permanece a mesma.
Nos últimos meses, o movimento “Vida Além do Trabalho – VAT”, liderado pelo jovem trabalhador Rick Azevedo, conseguiu mobilizar a sociedade e questionar o porquê manter a Escala de trabalho 6X1 (seis dias trabalhados por um dia de folga), já que existe uma tendência global com os avanços tecnológicos em garantir qualidade de vida para os trabalhadores.
Essa luta pelo Fim da Escala 6X1 ganhou as redes sociais, as ruas e chegou ao parlamento com mais de 1 milhão de assinaturas em um abaixo-assinado popular. A deputada Érika Hilton (PSOL/RJ), conseguiu as 194 assinaturas de parlamentares que autorizaram a tramitação da proposta. A deputada precisava de 171 signatários para conseguir tramitar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que deve ser debatida em Plenário da Câmara Federal.
Para nós da Unidade Classista, é importante pressionar a burguesia, o governo e toda a sociedade para conseguirmos derrubar essa escala de trabalho cruel e desumana. Precisamos ampliar a pauta e continuar o processo de ofensiva da classe trabalhadora.
Durante as eleições presidenciais de 2022, o Partido Comunista Brasileiro – PCB, por meio da candidatura a presidência da camarada Sofia Manzano, colocou na ordem do dia à necessidade de redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redução salarial. Esta proposta chamou atenção dos trabalhadores e emparedou setores da imprensa e da extrema direita. A redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6X1 tem por objetivo garantir melhor qualidade de vida, saúde, produtividade e democratização do tempo para os trabalhadores.
A Unidade Classista está nas ruas, nos locais de trabalho e nas lutas comunitárias, denunciando a exploração do sistema capitalista e lutando para organizar a classe trabalhadora para a construção do socialismo.
UNIDADE CLASSISTA!
FUTURO SOCIALISTA!