DECRETO DO GOVERNO BOLSONARO ACABA COM A POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO

Na última segunda-feira, 15/04, o presidente Jair Bolsonaro realizou mais um ataque contra a classe trabalhadora, acabando com a política de valorização do salário mínimo, vinculando o cálculo ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) que em 2018 foi de 3,43%, enquanto a inflação foi de 3,75% no mesmo período.

A política de valorização do salário mínimo instituiu que o índice que era utilizado para a realização do reajuste fosse sempre acima da inflação, tendo como objetivo repor as perdas e evitar que a mais baixa faixa salarial do país tivesse seu valor de compra corroído pela inflação, garantindo o poder de compra da classe trabalhadora.

Com esse decreto, Jair Bolsonaro atinge cerca de 48 milhões de brasileiros, aumentando as desigualdades regionais e reduzindo a capacidade econômica e de consumo dessas pessoas.

O valor do salário mínimo em 2004 era de R$ 260,00. Com a reposição da inflação realizada pela política de valorização, o aumento do salário obteve um ganho real de 74,33% até janeiro de 2019. Segundo o Dieese, com o fim do repasse da variação do PIB e apenas com a reposição da inflação, como propõe agora Jair Bolsonaro, o valor atual do salário mínimo seria de R$ 573,00.

Esse decreto presidencial faz parte do processo de ataque a Previdência Social, já que o ministro da economia, Paulo Guedes, vê uma economia de R$ 300 milhões em despesas para cada R$ 1 (um real) que não é aumentado no salário mínimo.

A classe trabalhadora precisa estar organizada para reagir a todos os ataques que estão sendo realizados pelo governo, principalmente contra os nossos direitos. Diga não a Reforma da Previdência, lute contra o fim da política de valorização do salário mínimo, não se submeta a jornada intermitente de trabalho e as demais atrocidades que o governo da burguesia quer impor a nossa classe.

UNIDADE CLASSISTA!

FUTURO SOCIALISTA!