Balanço da Greve do Funcionalismo Público de Volta Redonda

UC – VR

A Greve do Funcionalismo Público de Volta Redonda, iniciada no dia 27 de fevereiro – conduzida pelo Sindicato do Funcionalismo Público de Volta Redonda e pelo SEPE/VR – e que contou com a adesão dos trabalhadores da Fundação Educacional de Volta Redonda a partir de 04 de março, sob comando do SINPRO do Sul Fluminense, deu uma firme resposta aos desmandos e à insensibilidade do chefe do executivo local, que trata com profundo descaso e arbitrariedade o conjunto do funcionalismo público e as suas justas reivindicações.

A principal reivindicação dos servidores públicos foi o cumprimento do Plano de Cargos, Carreira e Salários dos Servidores Municipais e dos Profissionais da Educação de Volta Redonda, o qual foi estabelecido pelas leis municipais n° 3.250/96 e 3.149/95, em consonância com o artigo 111 da Lei Orgânica, encaminhada pelo Sindicato do Funcionalismo Público de Volta Redonda e pelo SEPE/VR, e pelo cumprimento da Lei Federal do Piso do Magistério, reivindicação essa acrescida e reivindicada pelo SINPRO-SF.

Foram mais de 40 dias de greve em que

a categoria demonstrou forte insatisfação com a sua situação salarial, mas, também, deu importantes demonstrações públicas de unidade e, principalmente, denunciou à população as atitudes autoritárias e desrespeitosas do chefe do executivo local perante o conjunto do funcionalismo. A Cidade de Volta Redonda presenciou variadas ações que demonstraram à sua população o que estava ocorrendo e os motivos da greve, ampliando assim o movimento grevista e obtendo importantes apoios dos populares. Ocorreram desde passeatas históricas pelas principais vias públicas da cidade, a realização de um acampamento em frente à sede da Prefeitura e de um importante ato religioso ecumênico. Nas escolas, ocorreram significativas manifestações de apoios de alunos e pais. O autoritarismo e a maneira arrogante com que o Prefeito de Volta Redonda administra a cidade ficaram expostos, e não tiveram sucesso suas intervenções para tentar minar, dividir e jogar a população contra o movimento grevista, pois a categoria respondeu com unidade e de forma madura, não se permitindo ser envolvida nessas manobras.

O núcleo local da Unidade Classista e do PCB se fizeram presentes nessa importante jornada de lutas e se colocou em todos os momentos defendendo a unidade de ação da categoria e entre os três sindicatos, pois essa era uma questão estratégica para a condução segura do movimento. As lutas futuras do funcionalismo exigirão a mobilização permanente, departamento por departamento da prefeitura, a unidade de ação, o diálogo constante com a sociedade, para evitar que se caia no isolamento e, acima de tudo, refletir o que esteve em jogo nesse histórico e vitorioso movimento grevista: não somente as justas reivindicações econômicas do funcionalismo negligenciadas pela atual administração, mas, também, a contestação aos métodos de gestão autoritária adotados pela classe dominante da Cidade de Volta Redonda, representada pelo Prefeito do PMDB.

Unidade Classista Volta Redonda