1º de Maio: seguir na luta contra as reformas e os ataques do capital

O Poder Popular

Neste 1º de maio, trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil continuarão se mobilizando nas ruas contra os brutais ataques promovidos pelo governo Temer e os capitalistas aos direitos duramente conquistados em décadas de lutas. Após o vitorioso movimento de Greve Geral desencadeado no dia 28, centrais sindicais, movimentos populares e organizações do campo socialista e classista voltam a convocar manifestações em todo o país para protestar contra a retirada de direitos históricos presentes nas contrarreformas da previdência, trabalhista, lei de terceirizações e projetos que atingem diretamente a juventude, como a reforma do ensino médio e a chamada Escola sem Partido (Lei da Mordaça).

No Rio de Janeiro, o ato convocado para a Cinelândia, a partir das 11h, será também uma resposta ao massacre promovido pela Polícia Militar, de forma gratuita, contra os manifestantes do dia 28. A repressão policial atingiu indiscriminadamente as pessoas que passavam pelo centro da cidade, atacadas por bombas de gás lacrimogêneo, gás de pimenta, cassetetes e técnicas de emboscada. Violência esta que se reproduziu em outros centros urbanos pelo país, a exemplo da ação covarde de um oficial da PM de Goiás, que quebrou seu cassetete na cabeça de um jovem, causando traumatismo craniano e várias fraturas.

No dia 28, cerca de 40 milhões de trabalhadores brasileiros cruzaram os braços, e foi significativa a participação do operariado nestas paralisações: grandes empresas metalúrgicas, montadoras, refinarias, siderúrgicas, indústrias químicas, construção civil, nas principais concentrações operárias no país, tiveram suas atividades paralisadas. Houve interrupção do transporte público, bloqueio de estradas, piquetes nos aeroportos, queda brutal das vendas no comércio. Isso demonstra a entrada em cena, com novo protagonismo e disposição de luta, da classe trabalhadora, que tende a atropelar os setores vacilantes e comprometidos com interesses escusos no movimento sindical. Daqui para a frente, não é possível mais aceitar a liderança dos setores que apostam no reformismo e na conciliação, que jogam com o movimento para obter determinadas barganhas ou apenas para canalizar forças com vistas às eleições burguesas de 2018.

A hora é de avançar na organização de trabalhadoras e trabalhadores, para derrotar o governo na sua intenção de preservar os lucros capitalistas e aprofundar os interesses do imperialismo, destruindo a legislação trabalhista, atacando a Previdência Social, promovendo privatizações e terceirizações.
Neste 1º de maio, os militantes do PCB, juntamente com simpatizantes, amigos e integrantes dos nossos coletivos, estaremos novamente nas ruas!

CONTRA AS REFORMAS DE TEMER!

POR UM BLOCO DE LUTAS ANTICAPITALISTA E ANTI-IMPERALISTA!

PELO PODER POPULAR E PELO SOCIALISMO!

 

Extraído de https://pcb.org.br/portal2/14259