Centrais Sindicais pelegas fazendo o jogo dos patrões

Após construir uma plataforma política unitária com uma das principais responsáveis pela crise econômica e pelos ataques aos direitos sociais e trabalhistas no Brasil – a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) – algumas Centrais Sindicais que dizem representar trabalhadores e trabalhadoras, mas que fazem o jogo dos patrões e dos governos, reuniram-se com Michel Temer para apresentar propostas de “saída da crise”.
No dia 12 de setembro em Brasília-DF, em uma cerimônia oficial do governo, a CTB, Força Sindical, UGT, CSB e Nova Central, juntas com a sua aliada patronal FIESP, reuniram-se com o alto escalão do Palácio do Planalto. Lá estavam Temer e seus ministros corruptos e representantes da burguesia (Henrique Meirelles, Eliseu Padilha, Moreira Franco) e parlamentares representantes do empresariado, do agronegócio e de banqueiros.
A proposta apresentada por este setor sindical e pelos empresários é aprofundar o mesmo modelo econômico que gerou a crise social que vivemos no país: facilitação de crédito para pessoas e empresas, aumentando o endividamento da população e a dívida pública brasileira; investimento em obras de infraestrutura para empresas privadas explorarem; mais benefícios fiscais à empresas privadas para produzir mercadorias e explorar trabalhadores. E, ainda, fez parte do encontro a negociação de emendas à Reforma Trabalhista para garantir os interesses das burocracias sindicais que se cristalizam à frente de sindicatos, federações e centrais, virando as costas para os trabalhadores e trabalhadoras e cumprindo a tarefa dos patrões.
Esse encontro é expressão do papel que estas centrais tiveram na Greve Geral de 30 de junho, na qual retiraram-se da convocação e boicotaram todas as ações desenvolvidas pela classe trabalhadora.