INTENSIFICAR O TRABALHO DE BASE E MANTER OS TRABALHADORES MOBILIZADOS!
O ano de 2020 começou com mobilizações em diversos setores da classe trabalhadora, com destaque para os moedeiros, petroleiros e servidores do Dataprev, que com suas greves e manifestações, impulsionaram o calendário de lutas e continuam resistindo aos ataques. Enquanto isso, o governo de Jair Bolsonaro, com sua intransigência e com suas ações, tem deixado a cada dia mais claro o seu caráter.
Com a contrarreforma da previdência, que ampliou o tempo de trabalho e reduziu o valor das aposentadorias, a carteira verde e amarela, que chantageia os jovens trabalhadores desempregados e reduz ainda mais seus direitos, a manutenção dos altíssimos índices de desemprego e de sub-emprego, a inflação crescente, a desvalorização da moeda, o irrisório reajuste do salário mínimo, o aumento do preço do gás de cozinha e dos combustíveis, a crescente violência policial e das milícias, contra os setores mais explorados e oprimidos da cidade e do campo.
O descaso quanto ao déficit de moradia, a ampliação do sucateamento e da terceirização dos serviços públicos, a hostilidade com os servidores, o preconceito de classe, gênero e raça cada vez mais explícito, a subserviência aos interesses capitalistas estrangeiros, com o anúncio do pacote de privatizações de empresas estratégicas, a relação de submissão ao governo estadunidense, em diversos temas, como, por exemplo, apoiando a política de deportação em massa de trabalhadores brasileiros, entre outros fatos, evidenciam o perfil burguês e entreguista deste governo.
Aos poucos, aqueles que acreditaram no discurso de “menos direitos
por mais empregos” começam a perceber que foram enganados, que a vida
não está melhorando e que o caminho para transformá-la é a luta.
Infelizmente, alguns setores organizados do movimento dos trabalhadores
continuam apostando em um suposto desgaste natural deste governo,
buscando um pacto ainda mais rebaixado com a burguesia e colocando sua
energia tão somente nos processos eleitorais de 2020 e 2022. Tentam,
mais uma vez, ludibriar com promessas que a crise do capital não
permitirá cumprir”.
Nesta conjuntura, cabe a nós propor e trilhar o caminho da luta
organizada, das manifestações, das greves e das ruas. Para tanto será
necessário intensificarmos o trabalho de base, principalmente nos
setores estratégicos, fortalecer o campo sindical classista, com
destaque para o Fórum Sindical, Popular e de Juventudes, de Luta por
Direitos e Liberdades Democráticas, mobilizar os trabalhadores e a
juventude de todo o país, trabalhar para construir a greve geral e
apontar para a necessidade da luta anticapitalista e anti-imperialista,
na perspectiva do poder popular e do socialismo!
Desta forma convocamos toda a militância da Unidade Classista e os demais trabalhadores para participarem ativamente do seguinte calendário de lutas, com manifestações e greves por todo o Brasil:
Dia 27/02 – Manifestação pelo dia mundial contra o imperialismo e em defesa da Revolução Bolivariana;
Dia 03/03 – Greve Nacional dos Trabalhadores dos Correios;
Dia 08/03 – Dia Internacional de Luta das Mulheres;
Dia 14/03 – Dia Nacional de Luta contra a criminalização dos lutadores sociais, dois anos do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes;
Dia 18/03 – Dia de Greve Geral da Educação e dos Servidores Públicos.
O ano seguirá, no que depender de nossos esforços, como começou, com muitas lutas contra o governo Bolsonaro e contra o capitalismo, pois estes não cairão de podres. Somente a classe trabalhadora organizada poderá derrubá-los!
Avante, camaradas!
Unidade Classista, futuro socialista!