Trabalhadoras do McDonald’s dos EUA fazem greve contra assédio sexual

Nesta semana (18), em 10 cidades dos Estados Unidos, as trabalhadoras da rede McDonald’s realizaram uma greve de um dia, inspirada no movimento #MeToo, para combater o assédio sexual na multinacional do fast-food. As denúncias principais é que a empresa não trata de maneira adequada o assédio sexual em seus estabelecimentos.

De acordo com as organizadoras da greve, esta foi a primeira do tipo e teve a intenção de exigir que o McDonald’s tome medidas para acabar com o assédio que as trabalhadoras sofrem, como passadas de mão, comentários ofensivos e machistas e, inclusive, as propostas sexuais em seus restaurantes.

A greve acontece 4 meses depois de as mulheres que trabalham no McDonald’s, em nove cidades do país, apresentarem denúncias por assédio sexual contra a empresa à Comissão de Igualdade de Oportunidades no Emprego. A pauta de combate ao assédio sexual se soma à demais reivindicações do sindicato que exige melhores condições de trabalho e aumento salarial para U$15 por hora trabalhada.

Inspirados no movimento #MeToo contra a violência sexual, as funcionárias disseram que as suas experiências refletem a cultura machista existente na sociedade e nos restaurantes. De acordo com a Hart Research Associates, de Washington/DC, 40% das trabalhadoras do McDonald’s já foram assediadas no trabalho. As mulheres mais afetadas são negras ou latino-americanas. 

Uma investigação da Stop Street Harassment, da cidade de Reston na Virginia, demonstrou que mais de 76% de mulheres entre 18 a 24 anos de idade e 35% de homens dessa faixa etária informaram que sofreram algum tipo de assédio sexual no trabalho.

A Unidade Classista se soma à luta e apoia as reivindicações das trabalhadoras no combate ao assédio sexual e às condições degradantes de vida e trabalho que as mulheres, especialmente pobres, negras e/ou latino-americanas, sofrem nos EUA e em todo mundo.

Fonte: ElDiario/ES