17º Congresso Sindical Mundial consolida o avanço da FSM junto ao proletariado de todos os continentes

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Georges Mavrikos, secretário geral da FSM, discursa na abertura do 17º Congresso Sindical Mundial

 

Foi realizado entre os dias 5 e 8 de outubro, na cidade de Durban, África do Sul, o XVII Congresso Sindical Mundial, com o tema e lema, respectivamente: “Luta, Internacionalismo, Unidade – Vamos em frente! Vamos à luta pela realização as necessidades contemporâneas dos trabalhadores e trabalhadoras e contra o desemprego, a guerra e a pobreza gerada pela barbárie capitalista”. A atividade contou com a participação de mais de 1500 delegados, representando 242 entidades e que vieram de 111 países com o objetivo comum de discutir o fortalecimento da organização proletária nos cinco continentes.
Os números superam o último Congresso, realizado entre 6 e 10 de abril de 2011 na cidade de Atenas, Grécia, demonstrando um importante crescimento da FSM. Este avanço é a expressão da acertada linha política da Federação Sindical Mundial: classista, unitária, democrática, independente e moderna, sem abrir mão do acúmulo histórico e da experiência provenientes de mais de setenta anos de luta internacionalista e solidariedade aos povos do mundo.
112 falas foram realizadas no plenário, por delegados de 103 países distintos. Praticamente todas elas denunciaram a ofensiva imperialista e suas ações na América Latina, África, Ásia e Europa, associadas ao aprofundamento da crise capitalista e ao acirramento da luta de classes em escala global. O debate também foi marcado pela crítica aos chamados pacotes de austeridade, ajuste fiscal, precarização das relações de trabalho e retirada de direitos colocados pela burguesia contra a classe trabalhadora nos mais diversos países.
O discurso de encerramento de Georges Mavrikos (foto), dirigente da PAME (Frente Militante de Todos os Trabalhadores)/ Grécia reeleito com 94% dos votos para a tarefa de Secretário Geral da FSM, resume bem o espírito do 17º Congresso Sindical Mundial:

 

Nosso objetivo é fortalecer o movimento sindical na base. Dentro dos locais de trabalho, nas multinacionais, nos setores, nas regiões, em cada país em cada canto do planeta. Precisamos de sindicatos vivos na base, massivos, unindo os trabalhadores contra a exploração da burguesia.
Queremos sindicatos da base, que serão verdadeiras escolas para os trabalhadores, ensinando-lhes tudo o que tem a ver com a luta de classes. Queremos sindicatos que possam operar dentro das massas. Não clubes fechados, não ligas burocráticas ou pequenas elites, mas escolas militantes abertas. (…)
Nós não operamos em um ambiente ascético. Vivemos e lutamos entre amigos, adversários e inimigos. Portanto, precisamos que nossas organizações e nossas lideranças tenham uma compreensão clara de quem somos e para onde vamos.
Estamos corretos em lutar por melhores salários. Estamos certos de atacar as privatizações, estamos certos em exigir acordos de negociação coletiva, condições de saúde e segurança, educação pública e gratuita, saúde, melhor ambiente. Tudo isso está dentro de nosso papel básico. Temos de continuar a cumprir este papel.
Ao mesmo tempo, como o movimento sindical temos de radicalizar as nossas exigências. Temos de elevar o conteúdo e as formas de nossa luta com o objetivo direto da emancipação da classe operária da exploração capitalista. Para fazer da classe operária a classe pioneira e líder pronta para cumprir sua finalidade estratégica. (…)
Temos superioridade Moral, Ideológica e Política sobre as lideranças dos sindicatos amarelos. (…)
Honramos nossa História!
Honramos os mártires de nossas lutas.
Nós temos os pés no chão e nós estamos olhando para a frente.
Todos nós aqui, comprometemo-nos que com a nossa ação vamos escrever os nossos nomes nas novas, contemporâneas, militantes páginas da história da FSM.
Viva a classe trabalhadora da África!
Viva Internacionalismo e Solidariedade!
Viva a classe trabalhadora internacional!