Unidade Classista/PCB na diretoria da Federação Nacional dos Trabalhadores na ECT (Fentect)

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A corrente sindical Unidade Classista, composta por sindicalistas militantes e simpatizantes do PCB, fará parte da gestão da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) que tomou posse na última quinta-feira, 26 de julho, em Brasília.

A corrente será representada por José Rodrigues Filho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Correios do Piauí e militante do PCB. Eleito no XI Congresso da entidade, realizado durante o mês de junho em Fortaleza (CE), José ocupará a Secretaria-Geral da Federação.

O secretário Sindical do PCB e coordenador nacional da

Unidade Classista, Sidney Moura, prestigiou a posse em Brasília e afirma que a luta da categoria está na pauta da corrente sindical.

“A partir das informações do camarada Rodrigues, a Unidade Classista poderá contribuir

de forma militante divulgando a luta dos trabalhadores dos Correios, não só junto as suas bases em diferentes pontos do país, mas também junto a população, para que esta os apoie dentro de uma perspectiva de fazer com que a ECT possa prestar, sempre, melhores serviços; o que só será possível se os trabalhadores forem atendidos nas suas reivindicações”, ressaltou o secretário.

De acordo com ele, outra contribuição será a realização de cursos de formação tanto sindical quanto política “para os ativistas que desejarem ampliar sua compreensão da sociedade capitalista, das relações entre capital e trabalho, além de cursos de comunicação e análise diretamente ligados a luta sindical”.

A eleição e as lutas

O bloco unificado de oposição, da qual a

Unidade Classista fazia parte, venceu a disputa pela direção da Federação. Agora, a luta é por melhores condições de trabalho e por aumento salarial.

José Rodrigues afirma, aliás, que a nova diretoria espera que a Campanha Salarial deste ano reverta o acordo imposto pelo TST no ano passado e conduza os mais de 110 mil trabalhadores dos Correios à conquista de suas reivindicações. E elas são:

– Campanha Salarial por 43,7% de aumento (33,7% referente à perdas + 10% reajuste inflacionário + 200,00 linear para todos os trabalhadores);

– Anistia aos trabalhadores demitidos;

– Pela construção de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) com progressão salarial, melhores condições de trabalho e contratação de mais trabalhadores.

De acordo com Sidney, “a ECT é uma empresa estratégica, por isso os militantes que estão na direção da federação e na base da categoria estarão na linha de frente em defesa dos interesses imediatos e gerais dos trabalhadores dos Correios. A luta contra a privatização está entre os eixos de ação mais relevantes para a nova direção, além da luta por melhores salários e melhores condições de trabalho”.

Sidney afirmou ainda que, entre as principais tarefas para a diretoria que nos próximos anos estará a frente da luta dos trabalhadores da ECT estão a luta pela jornada de seis horas, pelo fim do viés bancário (banco postal), contra a sobre carga de trabalho, e a defesa da contratação de pelo menos 30 mil trabalhadores, contra a lógica de gerenciamento Toyotista (produtividade sob stress, banco de horas e PLR).