UNIDADE CLASSISTA PARTICIPA DO VII ENCONTRO SINDICAL NOSSA AMERICA – ESNA

A Unidade Classista esteve de 31 de março a 02 de abril em Montevidéu, no Uruguai, onde participou do VII Encontro Sindical Nossa América – ESNA.

O ESNA é um evento que nasceu inspirado na proposta do presidente Hugo Chávez, durante o II Congresso Bolivariano dos Povos, realizado em Caracas, em dezembro de 2004, quando se lançou a ideia de organizar um fórum capaz de promover a integração do movimento sindical latino-americano. Tal proposta foi implementada em 2008, quando foi realizado o I ESNA, no Equador.

Neste ano o encontro aconteceu nas sedes de três sindicatos filiados ao PIT-CNT (Central Sindical do Uruguai filiada a FSM). O ESNA foi aberto a todos os sindicatos da América Latina e do Caribe e contou com a participação de 73 sindicatos de 19 países.

O ataque imperialista contra a classe trabalhadora e os povos, a defesa do direito à greve, a luta contra a criminalização dos movimentos sociais, os ataques à soberania dos povos pelos acordos de livre comércio, a independência de classe, a transformação social e a construção de uma alternativa socialista foram os temas centrais do encontro, discutidos em três mesas de debate.

A reunião procurou reforçar a unidade do movimento sindical e operário e promover o intercâmbio e a solidariedade internacional para a unidade de ação contra os ataques promovidos pelo capitalismo contra os trabalhadores.

Participamos pela primeira vez do encontro e interviemos em duas das três mesas de debate. Além dos temas específicos foram abertos maiores espaços no debate para os sindicalistas do Brasil, da Venezuela e da Argentina em virtude da intensificação dos ataques da burguesia nestes países.

Nesta oportunidade, nos posicionamos e divergimos da análise chapa branca da CTB em relação ao governo brasileiro. Interviemos para que os integrantes do encontro compreendessem que a luta no Brasil e nos demais países deve ser de caráter anticapitalista, nas ruas e nos locais de trabalho, sem ilusão em projetos de conciliação de classe cada vez mais rebaixados.

Denunciamos o atrelamento da CUT, que cooptou setores do movimento sindical e social, iludindo e desarmando os trabalhadores enquanto sofistica-se o arcabouço jurídico para assegurar a ordem burguesa e reprimir as lutas populares. Afirmamos ainda que o governo do PT e seus satélites estão cavando sua própria cova com sua política de conciliação de classes.

Deixamos clara a necessidade de nos concentrarmos na organização e mobilização dos trabalhadores e movimentos populares para enfrentar a ofensiva do capital. A saída é pela esquerda, no Brasil e no mundo, com unidade de ação, em torno de uma pauta mínima que possa expressar as necessidades da classe trabalhadora por emprego, terra, teto, direitos e liberdades, na perspectiva de construção do Socialismo.

Fomos muito bem recebidos por sindicalistas de diversos países, que esgotaram os Cadernos com as resoluções da Unidade Classista que colocamos a venda durante a plenária final.

VIVA O ESNA E A LUTA DOS TRABALHADORES DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE!

UNIDADE CLASSISTA, FUTURO SOCIALISTA!