TRT propõe 8% de reajuste para trabalhadores da Embraer
sindmetalsjc.org.br
Empresa se recusa a acatar proposta e dissídio vai para julgamento
Em audiência de conciliação, realizada na quarta-feira, dia 6, o vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, Henrique Damiano, propôs reajuste salarial de 8% para os funcionários da Embraer, mas a empresa não aceitou.
O desembargador também proibiu a Embraer de descontar as horas paradas dos trabalhadores.
Diante da recusa da direção da empresa em acatar o reajuste de 8%, a ação de dissídio coletivo segue agora para julgamento, em data ainda não definida. Até lá, a Embraer está proibida de promover qualquer demissão.
Tanto o não desconto dos dias parados como a proibição das demissões foram propostas apresentadas pelos advogados do Sindicato ao Tribunal, em razão da política de repressão e assédio moral realizada pela empresa.
A proposta de 8% daria aos trabalhadores o mesmo índice conquistado pela maioria da categoria metalúrgica do estado de São Paulo.
Na audiência, o Sindicato aceitou a proposta de conciliação e vai apresentá-la em assembleia para os trabalhadores de todas as fábricas do setor.
“Mesmo diante do juiz, a Embraer continuou intransigente. Daqui para frente, as mobilizações serão retomadas na Embraer e em todas as fábricas do setor aeronáutico”, afirmou o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros da Silva.
Negociações travadas
O Sindicato vem demonstrando, desde o início da Campanha Salarial, disposição para negociar, mas a Embraer, representada pela Fiesp, travou qualquer possibilidade de diálogo. A proposta apresentada pela empresa, de 6,07% de reajuste (o equivalente à inflação) e 0,5% de aumento real, já foi várias vezes rejeitada pela categoria.
Os trabalhadores da Embraer já fizeram três paralisações somente em outubro. A última aconteceu no dia 31, quando foi aprovada a greve de 24 horas.