Trabalhadores do Comperj decidem manter greve e sofrem repressão da Polícia Militar
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Os trabalhadores do Comperj (Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro) decidiram pela continuidade da greve, que já dura 37 dias, em assembleia realizada nesta quarta-feira (12) de manhã. Assim, derrotaram novamente a proposta do SINTICOM, que tentou uma manobra pra fazê-los entrar e “parar por dentro”.
Após a assembleia, cerca de 20 mil trabalhadores saíram em passeata pela rodovia RJ-116 (Itaboraí) parando o tráfego nos dois sentidos da via.
A Polícia Militar, que estava no local com pelo menos dez viaturas, tentou intimidar a manifestação com bombas de efeito moral e balas de borracha, mas, apesar da repressão, não conseguiu arrefecer os ânimos dos operários. Houve confronto entre PM, Tropa de Choque e trabalhadores.
De acordo com reportagem da rádio CBN, um dos representantes dos grevistas, que não quis se identificar, denunciou que, mais uma vez, homens que se postulavam como “seguranças” da passeata estavam ameaçando os trabalhadores que encabeçam os protestos.
Ainda segundo o operário, além dessa lamentável situação, as empresas que contratam os funcionários não estão pagando salários, e como muitos não tem outras fontes de renda, já estão devendo aluguel de casa e contraindo dívidas.
Comando de Greve dos Operários do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) entregaram hoje uma solicitação à Mesa Nacional para o Aperfeiçoamento das Relações de Trabalho na Indústria da Construção solicitando que esta convoque uma reunião, em caráter emergencial, entre as partes envolvidas na greve da categoria – trabalhadores, sindicato e empresas. O objetivo é, através de mediação, buscar a retomada das negociações e uma solução socialmente justa para o tema. Mas até esse momento os representantes do governo federal não haviam respondido a solicitação.