Trabalhadores das mineradoras Vale e Samarco paralisam produção em Minas Gerais
cspconlutas
Trabalhadores das indústrias mineradoras Vale e Samarco de Minas Gerais realizaram nos dias 28 e 29 paralisação da produção em resposta à truculência e política de arrocho salarial dessas duas grandes empresas do setor.
Na madrugada do dia 27 para o dia
28, diretores do sindicato Metabase Inconfidentes, ativistas e militantes bloquearam
a estrada que liga as minas Alegria e Fazendão, da Vale, e as minas da Samarco, impedindo o trânsito de qualquer tipo de veículo utilizado para transportar os trabalhadores da Vale, e permitindo apenas a passagem para carros com outros destinos.
Ônibus e vans ficaram estacionados na rodovia durante toda a madrugada até as 6 horas da manhã, para então retornarem com os
trabalhadores para suas casas. A cena se repetiu no turno da manhã, impedindo o acesso dos trabalhadores administrativos e terceirizados às empresas. O reflexo da paralisação pode ser observado na cidade, com um número expressivo de ônibus e vans parados e espalhados pelas ruas e rodoviária.
No mesmo dia, pela primeira vez, o sindicato de Mariana, recém-eleito e empossado, parou a maior mina da Vale em Minas Gerais, a mina de Brucutu, localizada na cidade de
São Gonçalo do Rio Abaixo.
No dia 29, foi a vez da Mina de Fábrica da Vale, na cidade de Congonhas, que registrou uma paralisação de 100% entre funcionários e terceirizados.
Estas paralisações são uma resposta à proposta inaceitável de aumento de 5% para 2013 e 2014 oferecido pela Vale, representando a patronal na mesa de negociação, e uma demonstração da disposição de luta da categoria e do peso dos sindicatos engajados nesta
campanha salarial, que agora saem mais fortalecidos após o Metabase Inconfidentes ter derrotado
o pelego histórico em Mariana.
Faz-se um chamado aos sindicatos da mineração da Vale filiados à CUT e à Força Sindical para que sigam o
exemplo
do Metabase Inconfidentes e de Mariana,
para que
dessa maneira os trabalhadores conquistem o atendimento de suas reivindicações
nesta campanha salarial.