Trabalhadores da Construção Civil realizam Encontro Nacional

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I Encontro Nacional dos Trabalhadores da Construção aprova marcha a Brasília em defesa do contrato coletivo nacional

Cento e oitenta sindicatos de trabalhadores da indústria da construção de todo o país, durante os dias 9, 10 e 11 de outubro de 2013 (Em Luziânia-GO), realizaram o I Encontro Nacional dos Trabalhadores da Construção. Além dos mais de 200 ativistas presentes, o evento teve a participação e apoio da CSP-Conlutas, CUT, CTB, NCST, CGTB, UGT, Força Sindical, além das confederações nacionais do setor, como Fenatracop, Conticom,CNTIC e Contricom.

O documento aprovado em plenário será encaminhado a todos os órgãos governamentais e entidades patronais, bem como à Mesa Nacional da Construção como pauta reivindicatória.

As lideranças presentes no Encontro comprometeram-se a, desde já, iniciar um processo de divulgação e mobilização nas bases das respectivas entidades e fazer do dia 21 de maio de 2014, o dia nacional de lutas dos trabalhadores e trabalhadoras da construção e de cobrança efetiva do atendimento da referida pauta. Haverá uma marcha a Brasília nesta data com atividade unificada da mobilização.

Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém Atnágoras Lopes e membro da Executiva Nacional da CSP-Conlutas, a iniciativa tem uma importância imensa, para a luta de todos os operários espalhados pelos milhares de canteiros de obras de nosso país. “O mais importante, além do leque de unidade aqui representado é o fato de termos definindo um calendário de mobilizações que já convoca a I marcha à Brasília de nossa categoria que ficou convocada para o dia 21 de maio de 2014”, enfatiza.

Já na abertura do evento, que contou com a presença de representantes do governo federal e do Ministério do Trabalho, Atnágoras, denunciou “a baixíssima adesão de empresas ao chamado ‘Compromisso Nacional da Indústria da Construção’, o absurdo da militarização dos canteiros de obras pela Força Nacional de Segurança e os desastrosos episódios de flagrante as condições de trabalho análogas à escravidão que vem ocorrendo em obras como Aeroporto de Guarulhos e projeto habitacional executado em Brasília. São obras financiadas pelo governo, com o nosso dinheiro, isso é inaceitável!”, disparou o dirigente.

Após os três dias de debates o encontro aprovou uma resolução unitária que entre outras posições, define:

Exigência ao governo para que suspenda o leilão do pré-sal (Libra);

Contra o PL 4330 (Das terceirizações);

A defesa de um piso nacional para indústria da construção;

Aposentadoria especial para categoria;

Plano de saúde, Alimentação gratuita, cesta básica, baixada, entre outras reivindicações;

Suspensão imediata do contrato das empresas que impuserem condições de trabalho análogas a escravidão;

Um contrato coletivo nacional articulado para o setor.