Trabalhadores da Cagepa rejeitam proposta e greve continua na Paraíba
Stiupb
Valores apresentados pela empresa não atendem as necessidades da categoria, que nos últimos anos vem sofrendo com reajustes abaixo da inflação
Os trabalhadores da Cagepa rejeitaram, em assembleia realizada na tarde de quarta-feira (18), mais uma proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2014/2016 apresentada pela diretoria da Cagepa. A assembleia ocorreu na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Paraíba (Stiupb). Com isso, os mais de 2 mil trabalhadores, que entraram em greve por tempo indeterminado desde a última segunda-feira no Estado (exceto João Pessoa) continuam de braços cruzados.
Na quinta mesa redonda, que ocorreu na quarta à tarde na sede do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em Campina Grande, a proposta da Cagepa de reajuste salarial de 6,54%, ticket alimentação de R$ 650,00 e que o trabalhador arque com 4% do reajuste de 8,5% do plano de saúde, ainda fica muito aquém das necessidades da categoria, que nos últimos anos vem sofrendo com reajustes abaixo da inflação e perdas em relação ao salário mínimo.
“Rejeitamos à proposta da Cagepa, esses valores oferecidos não atendem as necessidades da categoria que só vem tendo perdas salariais nos últimos anos. Os trabalhadores que lutam diariamente para manter o funcionamento da empresa merecem um reajuste mais digno”, afirmou Wilton Maia, presidente do Stiupb.
Ainda durante a reunião, a diretoria da Cagepa rejeitou a contraproposta que foi apresentada pelo sindicato durante a quarta mesa redonda no último dia 9. Na proposta de ACT 2014/2016 apresentada pelo sindicato, a categoria tinha proposto: reajuste de 6,57% no salário; ticket alimentação de R$660; abono salarial de R$400 a R$ 50 mensais dependendo da faixa salarial do trabalhador e que a empresa arcasse com 70% do valor do plano de saúde para o funcionário que ganhasse até 4 salários mínimos.
Com a recusa da direção da empresa em aceitar a contraproposta, os trabalhadores voltam as reivindicações anteriores, que são: reajuste salarial de 15% e aumento de 27% no Ticket Alimentação.
Com a greve, todos os setores da empresa estão parados (leitura, corte, instalação, atendimento e inspeção), exceto a distribuição de água.