Sindipetro-RJ exige garantia de todos os empregos de Manguinhos

Sindipetro-RJ

Cerca de 400 manifestantes, na maioria trabalhadores de Manguinhos, realizaram protesto na manhã desta quinta (18) contra a desapropriação da refinaria e pela garantia dos postos de trabalho. Com a coordenação do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro, o ato chegou a fechar todas as pistas da Avenida Brasil em direção ao Centro do Rio por cerca de 10 minutos. No final da manhã, o Sindipetro-RJ foi recebido por diretores da companhia que se comprometeram com o pagamento dos salários de outubro e ainda destacaram que não existe política de redução de quadros, pelo contrário, afirmaram que a empresa está contratando funcionários.

No decorrer da atividade, moradores da região usuários da Usina da Cidadania, projeto social patrocinado pela refinaria, chegaram para encorpar a mobilização. Os trabalhadoreslevaram faixas, cartazes e apitos para mostrar sua indignação com decisão do governo do Estado de desapropriar a refinaria de Manguinhos sem qualquer diálogo com os petroleiros que temem perder o sustento de suas famílias.

No encontro desta manhã com os diretores da refinaria Edson, Jorge Monteiro e Antônio Sena, ficou marcada uma nova reunião para segunda (22), às 10h. À tarde, o Sindipetro-RJ esteve na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro com o deputado Paulo Ramos, onde foi gravada uma entrevista sobre a situação de Manguinhos para a TV Alerj(12 NET), sexta (19), às 20:30h. O deputado irá realizar uma audiência pública e solicitará uma reunião com governador Sérgio Cabral.

O Sindipetro-RJ ainda enviará um ofício a presidenta Dilma Rousseff, com cópia para o governador e direção da refinaria, cobrando que não haja o fechamento de Manguinhos e nem qualquer demissão. Os trabalhadores apoiam o pacote deobras sociais anunciadas pelo Sérgio Cabral no Complexo de Manguinhos, mas não aceitam que para isso tenham de perder seus empregos. Os petroleiros prometem novas ações e protestos até que seus postos de trabalho estejam garantidos. Ainda exigem a manutenção da Usina da Cidadania, que tantos serviços sociais têm oferecido à comunidade da região com reforço escolar, oficinas profissionalizantes, culturais e esportivas.