Sindicato impõe volta ao trabalho, categoria não aceita e impasse permanece com ao menos duas empresas de ônibus paradas no DF

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Trabalhadores passaram por cima do Sindicato e decidiram parar pelo não cumprimento de acordo firmado com a categoria de reajuste de 20%

Os rodoviários do Distrito Federal estão voltando gradativamente ao trabalho nesta segunda-feira (7), após paralisarem as atividades em cinco empresas de ônibus na sexta-feira (4).

A volta ao trabalho, contudo, não é consenso entre a categoria, que parou passando por cima das orientações do Sindicato. Duas empresas de ônibus não circularam durante todo o dia: Piracicabana e Pioneira, que operam nas bacias 1 e 2, e atendem 15 localidades no Distrito Federal .

De acordo com o membro do movimento Rodoviários em Luta de Brasília, Edielson Santos, no domingo houve assembleia e o Sindicato orientou a volta ao trabalho, o que não foi acatado pelos trabalhadores.

Santos ressalta que a volta ao trabalho está sendo imposta pelo Sindicato.

“O Sindicato pressionou, foi até as garagens está obrigando os trabalhadores a voltarem ao trabalho”, alerta.

“Alguns trabalhadores se sentiram coagidos com a promessa de que o reajuste prometido [motivo da greve] seria depositado nesta segunda-feira, o mais tardar na sexta”, completa.

O motivo da paralisação, aprovada em assembleia no último 7 de junho, foi o descumprimento de acordo pelas empresas, de reajuste salarial de 20% e de reajuste de 40% na cesta básica.

Caso o reajuste não caia na conta a categoria, os trabalhadores prometem parar 100% da frota.