Servidores de Angra dos Reis entram no 15º dia de greve e enfrentam intransigência do governo

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Numa belíssima rebelião de base, os servidores de Angra dos Reis, uma das cidades com maior arrecadação de imposto do interior do Rio de Janeiro, subiram o tom de voz com a prefeitura de Conceição Sahba, dirigida pelo PT.

Os servidores exigem 11,96% de reposição salarial e mais clausulas sociais. A prefeitura oferece 7%, percentual um pouco acima do índice da inflação. Os trabalhadores seguem em mobilização e não aceitam migalhas. Com métodos de luta exemplar, elegeram um comando de greve formado em sua maioria pela base da categoria para dirigir a greve e seguem diariamente fazendo assembleias para fortalecer o movimento.

Já ocorrem várias mobilizações de rua, panfletagem nas igrejas, bairros e no centro comercial da cidade contestando a atual gestão “democrática e popular” do PT. “Nossa paciência vai chegando ao limite, a atual prefeita elegeu-se dizendo acabar com o número excessivo de cargos comissionados do prefeito anterior ligado do ao PMDB. Ela não cumpriu sua promessa, e ainda aumentou o número de cargos. Faltam profissionais nas creches e em outros setores da prefeitura, gastasse rios de dinheiro em obras faraônicas e com propaganda governamental em rádio e televisão. O povo que necessita dos serviços públicos e os servidores são sempre secundarizados nos orçamento municipal. Queremos agora o que é nosso e vamos à luta por isso!”, comenta Flaviano Eugenio, membro da Comissão de Greve.

No dia de hoje, 14 de abril, nova assembleia ocorrerá pela parte da tarde no Centro de Angra, podendo se intensificar ainda mais as mobilizações. A adesão a greve é fortíssima entre os servidores, mas Conceição Sahba/PT parece ignorar o movimento. Pelo visto a prefeita não acompanhou o poder exemplar da greve dos garis do Rio, do Comperj, dos rodoviários do RS e dos operários da construção civil da Petrobrás de Cubatão/SP… Está brincando com fogo!

A vitória dos servidores de Angra certamente servirá de entusiasmos para os demais funcionários públicos da região Sul Fluminense.