Sem receber, docentes param em Ibiúna

O Estado de S. Paulo

Professores, diretores e outros servidores municipais da área de educação estão em greve desde a terça-feira em protesto contra o atraso no pagamento de salários em Ibiúna, cidade localizada a 73 quilômetros da capital paulista. Os profissionais deveriam ter recebido o salário há dez dias, mas até ontem os pagamentos não tinham sido feitos.

A greve afeta parcialmente as 64 escolas municipais, que atendem 7,6 mil alunos. De acordo com coordenadora do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) em Ibiúna, Maria Cláudia Ramalho, os repasses do fundo foram suspensos por falta de prestação de contas. A prefeitura afirma que os pagamentos serão feitos até amanhã.

Ibiúna vive uma crise financeira e funcionários do hospital municipal também ameaçam iniciar uma paralisação. A prefeitura, porém, afirma que na saúde os salários estão em dia.

Por causa do atraso no pagamento, no mês passado, uma empresa contratada pela prefeitura para os serviços de lavanderia do hospital retirou lençóis, fronhas e cobertores que eram usados pelos pacientes. Os doentes acabaram ficando descobertos até que a prefeitura providenciasse nova roupa de cama.

Também houve problema na distribuição de mochilas para os alunos. As peças fornecidas pelo Estado chegaram aos estudantes com o brasão da prefeitura costurado sobre o logotipo do governo estadual. A empresa fornecedora alegou erro na confecção.