Saudação da Unidade Classista ao XVII Congresso da FSM (Federação Sindical Mundial)

SAUDAÇÃO DA UNIDADE CLASSISTA AO XVII CONGRESSO SINDICAL MUNDIAL

A Unidade Classista saúda as entidades e sindicalistas presentes neste XVII Congresso Sindical Mundial, cumprimentando a Federação Sindical Mundial (FSM) pelo esforço de reunir a classe trabalhadora e fortalecer o enfrentamento ao capitalismo. Estivemos presentes em outros eventos, mas este é o primeiro em que participamos como entidade filiada à FSM, o que muito nos honra na perspectiva da construção do internacionalismo proletário.

Esse Encontro se realiza num momento muito complexo e difícil para os trabalhadores e trabalhadoras do mundo inteiro. O aprofundamento da crise do sistema capitalista se alastra e atinge todas as economias ligadas ao imperialismo. Para manter e ampliar as taxas de lucro, a estratégia da burguesia tem sido aplicar as medidas de austeridade que retiram direitos trabalhistas e sociais e aprofundam a precarização do trabalho; o assalto ao fundo público através da privatização e a perpetuação da dívida pública como principal mecanismo de lucratividade no sistema financeiro especulativo.

Além das altas taxas de desemprego, tais medidas tem aumentado a concentração de renda, na qual 1% dos mais ricos possuem mais que 99% da população mundial e, ainda, intensificam outra face do capitalismo: a generalização da barbárie. Não somente através das medidas econômicas, mas impulsionando movimentos que aprofundam as mais diversas formas de opressão racista, machista, homofóbica e xenofóbica, impondo legislações que cerceiam o direitos dos trabalhadores e trabalhadoras imigrantes de buscar melhores condições de vida e sobreviver aos conflitos promovidos pelo imperialismo na Europa, Oriente Médio, África e Haiti.

O caráter desigual e combinado do capitalismo alterna as formas de gestão do Estado burguês, em que a perspectiva social-democrata, muito útil para a burguesia em determinados momentos – pois aumentam o acesso ao consumo e operam a lógica da conciliação de classes –, se intercalam com perspectivas mais neoliberais de ataques generalizados aos trabalhadores e trabalhadoras. Tais disputas inter-capitalistas inclusive lançam mão de forças militares para imposição de seus interesses, como exemplo da recente tentativa de golpe militar da Turquia e as permanentes guerras nos países árabes.

Para enfrentar o retrocesso civilizatório em curso, por diversas partes do mundo a classe trabalhadora tem organizado mobilizações ou greves gerais contra o ajuste neoliberal e as medidas de austeridade que destroem os direitos sociais da população. Destacamos as lutas sociais na França e na Grécia, que demonstram que os governos de conciliação de classe não são alternativas para os trabalhadores e trabalhadoras. Esses movimentos apontam numa perspectiva de acirramento da luta de classes à medida que a crise mundial se aprofunda.

Na América Latina, o imperialismo está realizando uma poderosa ofensiva, inclusive com a construção de bases militares em vários países da região, para alastrar a subordinação dos países à política neoliberal e as medidas de austeridade para ampliar a exploração do trabalho e a lucratividade do capital. Nas últimas décadas, tivemos um ascenso de governos progressistas que buscaram impor medidas reformistas, garantindo uma certa estabilidade de emprego e acesso ao consumo. Essas iniciativas, apesar de ainda estarem nos marcos do capitalismo, deixaram profundamente incomodados o centro do imperialismo.

Mas a ofensiva imperialista não pode nos impedir de realizar um balanço dos governos progressistas na América Latina. A maioria desses operou, na prática, políticas que fortaleceram os interesses do grande capital, apesar de realizarem algumas medidas de compensação social. Estes governos, em alianças com a burguesia, se utilizaram da cooptação do movimento operário e popular e do apassivamento da classe trabalhadora para aplicar as políticas do capital.

No que se refere à Venezuela, Bolívia e Equador, onde a mobilização popular permitiu a tomada de medidas para a garantia da soberania nacional com viés anti-imperialista, o resultado desses processos não estabeleceu transformações sociais mais profundas. À medida em que não avançaram no controle da economia e da radicalização do poder popular, com a estatização dos setores estratégicos e o controle das decisões pelos trabalhadores e trabalhadoras, terminaram abrindo espaço para a rearticulação da burguesia que, em aliança com o imperialismo, esté colocando em perigo as conquistas até então realizadas.

No Brasil, o Partido dos Trabalhadores (PT) operou um pacto político e social que, por mais de treze anos, favoreceu muito mais o grande capital do que os trabalhadores e trabalhadoras. Não poderia ser diferente, uma vez que sua experiência no governo buscou a administração do capitalismo, e não sua superação. Ainda assim, a burguesia e o imperialismo decidiram descartá-lo e constituir um governo “puro sangue”. Esse processo ocorreu em função do agravamento da crise mundial e suas repercussões no Brasil, da necessidade de acelerar a destruição dos direitos sociais e trabalhistas que o governo realizava de forma mais lenta, além do fato de que o PT já não estava conseguindo mais controlar os movimentos de massas: desde 2013 amplos setores da juventude e do proletariado realizaram grandes manifestações à revelia das burocracias cooptadas pelo governo.

Através de manobras parlamentares, midiáticas e jurídicas operada pela burguesia, Dilma Roussef (PT) foi afastada da Presidência da República. Estamos agora diante de um governo ilegítimo e usurpador, que está implementando um ataque brutal à classe trabalhadora. O governo Temer, do PMDB (ex aliado principal do PT) congrega os partidos mais conservadores e reacionários, sendo composto por corruptos e pela oligarquia industrial e financeira. Já anunciou que irá endurecer as medidas de ajuste fiscal para garantir a manutenção do mecanismo da dívida pública que já consome mais da metade do orçamento nacional. Dentre estas medidas, estão em marcha projetos que destroem o serviço público, os direitos trabalhistas – incluindo a ampliação da jornada de trabalho e o trabalho terceirizado –, reforma da previdência que aumentará a idade mínima de aposentadoria e ampliação das privatizações.

O grande imperativo dessa conjuntura complexa no Brasil é a reorganização da esquerda revolucionária e do movimento sindical e popular classista, no sentido de potencializar a greve geral no país para barrar os ataques e consolidar um novo ciclo de lutas sociais. E, para além de unificarmos as marchas, as campanhas e as ações de resistência, o movimento sindical, popular e classista precisa convergir em um novo Encontro Nacional da Classe Trabalhadora, para a construção de uma plataforma política comum, capaz de expressar a reorganização do proletariado brasileiro, unificando as lutas contra o capitalismo e o imperialismo.

Esse contexto brasileiro, em essência, é expressão da dinâmica mundial da luta de classes, na qual a unificação das lutas sociais de caráter anti-imperialista, anti-capitalista e socialista se faz cada vez mais necessária.

Unificar as lutas para emancipar a classe no mundo todo!

Ousar Lutar, Ousar Vencer!

Durban, África do Sul, 5 de outubro de 2016


VERSÃO EM INGLÊS

GREETINGS FROM UNIDADE CLASSISTA (CLASS UNITY) TO THE XVII (SEVENTEENTH) WORLD TRADE UNION CONGRESS

The Unidade Classista (Class Unity) trade union current from Brazil greets the organizations and union activists present in this XVII (Seventeenth) World Trade Union Congress, congratulating the World Federation of Trade Unions (WFTU) for the effort to unite the working class of the whole world and strengthen the struggle against capitalism. We have been present in other meetings before but this is the first congress in which we participate as a full member of the WFTU and we consider it a great honor in the perspective of building the proletarian internationalism.

This meeting happens in a very hard and complex moment for the workers of the whole world. The deepening of the crisis of the capitalist system spreads and reach all the economies connected to imperialism. To keep and increase the profit rate, the strategy of the bourgeoisie has been based on the adoption of austerity measures that remove social and workers’ rights and deepen the precarization of labour; as well as the assault to the commons by means of privatizations and the perpetuation of the public debt as the main mechanism to generate profitability in the speculative financial system.

In addition to the high unemployment rate these measures have increased income concentration, so that the richest 1% have more wealth than the other 99% of the world’s population, and, furthermore, exacerbate another aspect of capitalism: the generalization of barbarism. Not only through economic measures, but boosting movements that deepen many forms of oppression: racism, sexism, homophobia and xenophobia. Imposing legislation that curtail the right of immigrant workers to search better conditions of life and seek a way to escape the conflicts provoked by imperialist intervention in Europe, the Middle East, Africa and Haiti.

The uneven and combined character of the development of capitalism alternates ways of ruling the bourgeois state so that the social-democratic perspective may be useful to the capitalist class in some moments, increasing the access to a consumer market and managing the logic of class conciliation. These moments interchange with neoliberal periods of generalized attacks against workers. Such inter-capitalist disputes may even take recourse to military force to impose their interests as has happened recently in Turkey’s coup attempt and the successive wars in the Arab world.

To face the ongoing civilizatory regression in many parts of the world, the working class has organized mobilizations and mass strikes against neoliberal adjustment packages and austerity measures that destroy people’s social rights. We highlight the social struggles in France and Greece which show that governments based in class conciliation are not alternatives to the workers. These movements indicate an escalation in the class struggle as the world economic crisis deepens.

In Latin America imperialism is on the offensive, even building military bases in many countries to spread and deepen the subjection of the nations of the region to neoliberal policies and austerity measures, aiming to increase the exploitation of labor and the profitability of capital. During the last decades we have had the ascent of progressive governments that have tried to adopt reformist measures, ensuring a relative employment stability and access to consumption. These initiatives, although still in the bounds of capitalism, have caused deep concern in the imperialist center.

But the imperialist offensive must not prevent us from doing a balance sheet of these progressive governments in Latin America. Most of them managed policies that have strengthened the interests of big capital even as they adopted measures of social compensation. Some of these governments in alliance with the bourgeoisie have made use of co-optation of the workers’ and popular movements and of the taming of the working class to enforce policies in favor of capital.

As regards Venezuela, Bolivia and Ecuador where popular mobilization allowed taking measures to ensure national sovereignty with an anti-imperialist perspective, these processes have not conducted to deeper social transformation. As they have not advanced in the control of the economy and the radicalization of people’s power with the nationalization of strategic sectors and the control of decision-making by the workers they have eventually opened space to the rearticulation of the bourgeoisie which, in alliance with imperialism, is putting in jeopardy the achievements made so far.

In Brazil the Partido dos Trabalhadores (PT – Workers’ Party) managed a social and political pact which, during more than thirteen years, favored more the great capital than the working class. It could not be different as its experiment in ruling the state attempted to manage capitalism, not its overcoming. Even so the Brazilian bourgeoisie and imperialism decided to descard it and replace it with a “pure-blooded” bourgeois government. This process took place in light of the escalation of the world capitalist crisis and its backlash in Brazil, the need to accelerate the attack against social and labor rights (which the Workers’ Party government carried out in a slower pace) and because PT was not succeeding in reining in the mass movements anymore: since 2013 wide sectors of the youth and the proletariat conducted big demonstrations despite the bureaucracies co-opted by the government.

Through parliamentary, legal and media manipulation, the Brazilian bourgeoisie removed Dilma Roussef (PT) from the Presidency of the Republic. Now we face an illegitimate and usurping government which is implementing a brutal attack against the working class. Michel Temer’s government (of PMDB – Brazilian Democratic Movement Party, the former main ally of PT’s ruling coalition) assembles the most conservative and reactionary parties and is made up of the most corrupt politicians and members of the industrial and financial oligarchy. It has already announced that it will toughen the measures of fiscal adjustment to ensure the mechanism of public debt payment that swallow more than half the national budget. Among those measures there are propositions that destroy the public sector, labor rights – including the extension of working hours and outsourced work – welfare and retirement reform (increase of the minimum age for retirement) and the expansion of the privatization program.

The great imperative of this complex conjuncture in Brazil is the reorganization of the revolutionary left and the re-emergence of a class-based popular and trade union movement that are able to build a national strike to block the attacks against the working class and to consolidate a new cycle of social struggles. And beyond unifying the demonstrations, campaigns and actions of resistance, the class-based trade union and popular movement must converge in a new National Assembly of the Working Class (Encontro Nacional da Classe Trabalhadora – ENCLAT) to formulate a common political platform capable of expressing the reorganization of the Brazilian proletariat and the unification os struggles against capitalism and imperialism.

Today’s Brazilian context is in essence an expression of the world class struggle dynamics in which the unification of social struggles with an anti-imperialist, anti-capitalist and socialist character presents itself as increasingly necessary.

Unify the struggles to emancipate the working class of the whole world!

Dare to fight, dare to win!

Durban, South Africa, October 5th, 2016

VERSÃO EM ESPANHOL

SAUDACIÓN DE LA UNIDADE CLASSISTA AL XVII CONGRESO SINDICAL MUNDIAL

La Unidade Classista saluda las entidades y sindicalistas presentes en este XVII Congreso Sindical Mundial, saludando la Federación Sindical Mundial (FSM) por su esfuerzo de reunir la clase trabajadora y fortalecer el afrontamiento al capitalismo. Estuvimos presentes en otros encuentros, pero este és el primero en que participamos como entidad asociada a la FSM, lo que és un gran honor para nosotros en la perspectiva de la construcción del internacionalismo proletário.

Esta reunión se lleva a cabo en un momento muy complejo y difícil para los trabajadores y trabajadoras en todo el mundo. La profundización de la crisis del sistema capitalista se propaga y afecta a todas las economías vinculadas al imperialismo. Para mantener y aumentar las tasas de ganancia, la estrategia de la burguesía ha sido la de aplicar las medidas de austeridad que eliminan derechos laborales y sociales y profundizan la precariedad del trabajo; el asalto a lo fondo público mediante la privatización y la perpetuación de la deuda pública como el motor principal de ganancia del sistema financiero especulativo.

Además de la elevada tasa de desempleo, estas medidas han aumentado la concentración del riqueza, en el que el 1% de los más ricos tienen más del 99% de la población mundial, y también intensifican la otra cara del capitalismo: la generalización de la barbarie. No sólo a través de medidas económicas, pero poniendo en marcha los movimientos que profundizan las diversas formas de opresión racista, sexista, homofóbico y xenófobo, imponiendo leyes que limitan los derechos de los trabajadores y trabajadoras inmigrantes en busca de mejores condiciones de vida y sobrevivir a los conflictos promovidos por el imperialismo en Europa, Oriente Medio, África y Haití.

El carácter desigual y combinado del capitalismo cambia formas de gestión del Estado burgués, donde la perspectiva socialdemócrata, muy útil para la burguesía en ciertos momentos – que aumentan el acceso al consumo y la lógica de la conciliación de clases – si intercalan con perspectivas más neoliberales de ataques generalizados contra los trabajadores y trabajadoras. Tales disputas inter-capitalistas incluso con utilización de las fuerzas militares para imponer sus intereses, como ejemplo del reciente intento de golpe militar en Turquía y las permanentes guerras en los países árabes.

Para hacer frente al retroceso civilizatório en curso, en varias partes del mundo la clase obrera mundial tiene organizado manifestaciones y huelgas generales contra el ajuste neoliberal y las medidas de austeridad que destruyen los derechos sociales de la población. Destacamos las luchas sociales en Francia y Grecia, que muestran que los gobiernos de conciliación de clases no son alternativas para los trabajadores y trabajadoras. Estos movimientos indican una ferocidad de la lucha de clases ya que la crisis mundial se profundiza.

En América Latina, el imperialismo está llevando a cabo una ofensiva de gran alcance, incluyendo la construcción de bases militares en varios países de la región para ampliar la subordinación del los países a las políticas neoliberales y las medidas de austeridad para expandir la explotación del trabajo y la rentabilidad del capital. En las últimas décadas, hemos tenido un ascenso de gobiernos progresistas que pretendían imponer medidas de reformas, lo que garantizaría una cierta estabilidad del empleo y acceso al consumo. Estas iniciativas, sin dejar de ser dentro del marco del capitalismo, dejaran profundamente molestado el centro del imperialismo.

Pero la ofensiva imperialista no puede impedirnos de hacer un balance de los gobiernos progresistas de América Latina. La mayoría de ellos han operado, en práctica, políticas que han fortalecido los intereses del gran capital, a pesar de realizar algunas medidas de compensación social. Estes gobiernos, en alianza con la burguesía, utilizarán la cooptación del movimiento obrero y popular y el amortiguamiento de la clase obrera para poner en práctica las políticas del capital.

En relación a Venezuela, Bolivia y Ecuador, donde la movilización popular permitió la toma de medidas para garantizar la soberanía nacional de carácter anti-imperialista, el resultado de estos procesos no estableció transformaciones sociales más profundas. Como no avanzarán en el control de la economía y la radicalización del poder popular, con la nacionalización de sectores estratégicos y de control de las decisiones por los trabajadores y trabajadoras, terminaron allanando el camino para la re-articulación de la burguesía que, en alianza con el imperialismo, está poniendo en perigo los logros alcanzados hasta ahora.

En Brasil, el Partido de los Trabajadores (PT) operó un pacto político y social que, durante trece años, favoreció mucho más al capital que los trabajadores y trabajadoras. No podría ser diferente, ya que su experiencia en el gobierno buscó la administración del capitalismo, y no su superación. Aún así, la burguesía y el imperialismo decidieron desprenderse de ello y formar un gobierno de “sangre pura”. Este proceso se debió al empeoramiento de la crisis mundial y sus repercusiones en Brasil, la necesidad de acelerar la destrucción de los derechos sociales y laborales que el gobierno hacía de forma más lenta, así como el PT ya no era capaz de controlar los movimientos de masas: desde 2013 amplios sectores de la juventud y el proletariado realizarán grandes manifestaciones por fuera de las burocracias cooptadas por el gobierno.

A través de maniobras parlamentares, midiáticas y judiciales operadas por la burguesía, Dilma Rousseff (PT) fue retirada de la Presidencia de la República. Ahora nos enfrentamos a un gobierno ilegítimo y usurpador, que está llevando a cabo un ataque brutal contra la clase trabajadora. El gobierno Temer, del PMDB (ex aliado principal del PT) reúne a los partidos más conservadores y reaccionarios, compuesto por corruptos y la oligarquía industrial y financiera. Se ha anunciado que va a endurecer las medidas de ajuste fiscal para garantizar el mantenimiento del mecanismo de la deuda pública que ya consume más de la mitad del presupuesto nacional. Entre estas medidas, están en marcha proyectos que destruyen los servicios públicos, los derechos laborales – incluyendo la extensión de la jornada laboral y el trabajo subcontratado – reforma de las pensiones que aumentará la edad mínima de jubilación y la ampliación de las privatizaciones.

El gran imperativo de esta compleja situación en Brasil es la reorganización de la izquierda revolucionaria y del movimiento sindical y popular clasista, con el fin de potenciar la huelga general en el país para detener los ataques y consolidar un nuevo ciclo de luchas sociales. Y, además de la unificación de las marchas, campañas y acciones de resistencia, el movimiento sindical, popular y clasista necesita convergir en un nuevo Encuentro Nacional de la Clase Trabajadora, para construir una plataforma política común, capaz de expresar la reorganización del proletariado brasileño, unificando las luchas contra el capitalismo y el imperialismo.

Este contexto brasileño, en esencia, es una expresión de la dinámica mundial de la lucha de clases, en la que se hace cada vez más necesaria la unificación de las luchas sociales de carácter antiimperialista, anticapitalista y socialista.

Unificar las luchas para emancipar a la clase en todo el mundo!

Atreverse a luchar, atreverse a vencer!

Durban, Sudáfrica, 5 de octubre de 2016