RS: Metroviários retomam as atividades e aprovam proposta acordada em reunião no TRT
cspconlutas
Em assembleia geral realizada na quinta-feira (19), às 21h30, os metroviários aprovaram a proposta acordada em reunião no TRT – RS, com a Trensurb e o Sindicato, a suspensão da paralisação e a permanência do ESTADO DE GREVE e manifestações da categoria nesta sexta-feira.
A permanência do estado de greve é devido a continuidade da discussão, o edital já lançado e o cumprimento da 17º cláusula do acordo coletivo sobre o plano de saúde.
As manifestações da categoria são:
1º – A participação do ato em solidariedade a greve dos metroviários organizado pelos sindicatos apoiadores e combativos que se opõem as políticas impostas pelo governo Dilma, que terá concentração às 8h de amanhã, 20 de dezembro, no pátio da Trensurb, sairemos em caminhada com o movimento;
2º – O NÃO uso do uniforme em todos os setores da empresa e buzinaço no horário administrativo, das 8h às 17h durante o dia de amanhã, 20 de dezembro.
A proposta aprovada muda os valores do plano de saúde conforme faixa salarial sobre a remuneração (que abrange o salário-base acrescentado das valores fixos do contracheque como periculosidade, anuênio, quinquênio, quebra de caixa, FG, etc)
Quem ganha até R$2.000 paga R$90, por vida; de R$2.001 à R$3.500 paga R$123,00; de R$3.501 à R$6.000 paga R$169,00; para quem recebe salários maiores de R$6.000 paga R$231.
Além da antecipação da data base do dissídio do próximo ano, com reajuste salarial de 1,5% para quem ganha até R$4.000 no salário base.
Esses valores irão valer a partir de 1º de janeiro de 2014.
A Trensurb pretendia acionar a Justiça do Trabalho alegando abusividade de greve e necessidade de restabelecimento da normalidade dos serviços para não prejudicar os usuários do transporte.
O Sindimetrô/RS propôs um abono ou verba indenizatória para subsidiar o custeio do plano. O representante legal da Trensurb alegou que não tinha poderes para propor ou acordar, mas o juiz do feito propôs a antecipação da data base da categoria, incorporando um percentual no salário dos empregados, minimizando o aumento abusivo do plano de saúde.
Saiba mais
Os metroviários do Rio Grande do Sul iniciaram greve a partir da zero hora da última sexta-feira (13), decisão votada em Assembleia Geral realizada na segunda-feira (9).
A medida é tomada contra a direção da Trensurb, que não aceitou negociar o reajuste do plano de saúde dos funcionários da empresa, fixado em 45% pela Unimed. No último acordo coletivo da categoria, a estatal do metrô concedeu 6,49% de reajuste aos trabalhadores.
Há quase dois anos o Sindimetrô/RS vem pressionando a Trensurb para resolver os aumentos sucessivos da Unimed, que nos últimos cinco anos alcançaram o número de 156%.
O último reajuste do plano de saúde tem sido motivo de preocupação para os trabalhadores de menores salários, já que eles também possuem dependentes e, dessa maneira, têm que escolher qual familiar terá o benefício do plano médico por falta de condições para pagar pelos membros de toda a família.
Segundo o presidente do Sindimetrô/RS, Luis Henrique Chagas, os metroviários estarão em estado de greve e se houver uma proposta da Trensurb para o problema será convocada uma nova assembleia geral da categoria para decidir os rumos do movimento.
Com informações do Sindimetrô/RS