Record demitirá funcionários e irá terceirizar produções

Intersindical

Na virada do ano a Record irá demitir cerca de 60 dos 90 profissionais que trabalham na chamada Fábrica de Artes, que é responsável por projetar e produzir cenários para os programas da rede em São Paulo. As vagas que serão fechadas com as demissões, vão ser ocupadas por funcionários de uma empresa que está em processo de contratação. É o que informa o jornalista Daniel Castro.

Em 2015, a emissora de Edir Macedo planeja acelerar a terceirização das produções de programas, algo que está em estudo desde 2012. No entanto, o sindicato dos radialistas ameaça tomar medidas judiciais, porque entende que a produção de cenários e de programas são atividade que deve ficar a cargo de uma emissora de TV, e terceirizá-las seria ilegal.

Entre os profissionais que serão dispensados, estão arquitetos, contrarregras, marceneiros, serralheiros, pintores, tapeceiros e maquinistas (montadores de cenários). Uma parte será mantida para resolver eventuais problemas do dia a dia, como deslocamentos e retoques em acabamentos. A tendência é que a medida se estenda também para o RecNov, no Rio de Janeiro, onde são produzidas as novelas e minisséries.

A terceirização da Fábrica de Artes deverá acontecer na virada do ano, quando as produções entram em férias coletivas. Já a terceirização das produções dos programas de auditório deve levar um pouco mais de tempo. A Record ainda procura parceiros entre produtoras independentes de São Paulo. Ainda não foram definidos quais programas serão terceirizados nem o grau de transferência de mão de obra. Entretanto, é certo que novos programas terão estrutura terceirizada. Isso já ocorreu neste ano com o “Aprendiz Celebridades” e em parte com “A Fazenda”.

Com a terceirização de produções de cenários e programas, a Record pretende reduzir custos. Porém, um estudo da própria emissora, aponta que a economia é pequena, e chega no máximo a 8%. A principal vantagem é a flexibilidade para contratar e demitir.

Desde o início de outubro, estão proibidas novas contratações. A partir do final de novembro, também não se poderá mais fazer compras. Tanto as compras quanto as contrações voltarão a ser liberadas em janeiro. A razão não é econômica, mas administrativa. A cúpula do canal de Edir Macedo, liderada pelo bispo Marcelo Silva, não quer que despesas de 2014 avancem no próximo ano.

A emissora não se manifestou oficialmente.