Recolocar o sindicato a frente das grandes lutas dos trabalhadores

UC-RJ

Desde a sua fundação, em 1946, o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense acumula uma história nas lutas operárias e populares em Volta Redonda, Barra Mansa e demais municípios da região.

Foi essa história que levou o governo militar golpista a intervir no Sindicato e a perseguir os seus dirigentes e ativistas logo após a derrubada do Presidente João Goulart em 1964.

Em 1984 os trabalhadores da CSN realizaram a primeira grande greve na companhia. Foi a década da reconstrução do movimento sindical organizado e combativo no Brasil, centenas de diretorias pelegas foram derrotadas nas eleições sindicais em todo o país.

Logo após a promulgação da constituição de 1988, o Brasil vivia um estágio de intensa mobilização operária, eram centenas de milhares os grevistas ao final daquele ano. No dia 07 de novembro os metalúrgicos da CSN cruzaram os braços pelo turno de seis horas, entre outras reivindicações.

Acossado pelas greves, o governo do hoje senador Jose Sarney (PMDB), aliado da presidente Dilma do PT, reagiu apelando para a repressão. Enviou o exército e a PM para sitiar a usina e desencadear uma sangrenta invasão. Nesse episódio covarde, são assassinados três jovens operários (Carlos Augusto Barroso, Walmir Freitas Monteiro e William Fernandes Leite), além de centenas de feridos. O general José Luis Lopes da Silva, que comandou a operação militar, acabaria promovido no governo Fernando Henrique (PSDB).

Em 1988 Sarney mandou os tanques,

os metalúrgicos da CSN não se intimidaram.

Os metalúrgicos não deixaram de lutar, mas nos anos noventa, a onda privatizante levou a CSN e muitas outras empresas estatais de bandeja para as mãos dos empresários, através do programa iniciado pelo governo Collor de Mello (PTB), atualmente outro aliado da presidente Dilma, e que foi mantido pelo seu sucessor, Itamar Franco.

Os resultados disso tudo nós sabemos bem, dezessete anos sem greve (1990/2007), demissões, arrocho salarial, terceirização e redução de direitos duramente conquistados. Por isso, nossa corrente sindical, a UNIDADE CLASSISTA, além das lutas por melhores salários, contra as demissões, por melhores condições de trabalho e vida, defende a reestatização de todas as empresas privatizadas e que o controle das mesmas seja exercido prioritariamente pelos seus trabalhadores.

METALÚRGICO É CHAPA 2

A FORÇA DOS TRABALHADORES ESTÁ NA SUA ORGANIZAÇÃO E UNIDADE PARA LUTAR!

Reconstruir a organização e a capacidade de lutar por nossos direitos não é tarefa fácil no Brasil atual. Os companheiros da CSN sabem muito bem disso, sentem na pele o que é ter um Sindicato com uma diretoria que prefere fazer acordos sem luta, quase sempre desfavoráveis à categoria.

Sem retomar a organização democrática na base da fábrica, unindo com os companheiros das contratadas, não será possível quebrar a intransigência e a ganância dos patrões. A mobilização em defesa do piso do DIEESE, de um plano de cargos e salários digno e por garantia no emprego, é fundamental para derrotar o arrocho salarial e barrar a rotatividade praticada pela empresa.

Nós da UNIDADE CLASSISTA estamos nos somando à campanha da CHAPA 2, porque entendemos que o momento é de retomar a ofensiva por nossas reivindicações e contra a exploração patronal. O Sindicato é uma entidade muito importante para a nossa luta, não pode continuar a deriva, servindo de joguete nas mãos da empresa.

TODO APOIO A CHAPA 2

ELEIÇÕES 10 E 11 DE / MARÇO 2014