Petroleiros sem acordo

Correio Braziliense

Mais uma reunião entre petroleiros e dirigentes da Petrobras para discutir o percentual de reajuste salarial terminou, ontem, no Rio de Janeiro, sem acordo. Por isso, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) ameaça movimentar a categoria para deflagrar uma greve nacional, por tempo indeterminado, a partir do próximo dia 11.

De acordo com o coordenador-geral da FUP, João Antonio Moraes, os 6,5% de aumento oferecidos pela empresa são insuficientes para recompor os ganhos. Ele conta que, segundo dados calculados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) referentes à inflação medida entre 1º de setembro de 2011 e agosto de 2012, os funcionários da petrolífera precisam de pelo menos 6%, mais ganho real de 10%

Poder de compra

Com a falta de acordo, as lideranças sindicais dos petroleiros agendaram uma assembleia para amanhã. Na pauta, a greve. Moraes argumenta que o pleito da categoria é, inclusive, importante para impulsionar a economia do Brasil. Diz que o poder de compra dos trabalhadores não pode diminuir porque o país depende de um mercado consumidor forte.

“No ano passado, tivemos um ganho real de 3,2%. Não podemos deixar que essa situação mude, pois representamos mais de 40 mil funcionários”, completa. Por meio de nota, a Petrobras disse que apresentará nova proposta aos trabalhadores até a próxima sexta feira. No texto, a companhia diz que espera chegar a um entendimento com os sindicatos para o fechamento do acordo coletitvo.