Petrobrás mantém aumento real zero no salário básico
Sindipetro-RJ e Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)
A empresa apresentou nesta 6ª feira (5), nova proposta para o ACT. A FNP indica a rejeição da proposta em novas assembleias
A empresa apresentou nesta sexta-feira (5), nova proposta para o ACT. A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) indica a rejeição da proposta e realização de assembleias de segunda-feira (8) a terça-feira (16). O calendário para as bases do Rio de Janeiro será divulgado na próxima semana, porém a assembléia dos aposentados e pensionistas já está marcada para terça-feira (16), às 14h, no auditório do Sindipetro-RJ.
Zero de aumento real no salário básico, discriminação contra os aposentados e pensionistas com a manutenção da tabela congelada e continuidade da política de desvalorização salarial dos ativos, com nenhum avanço no PCAC. Este é o resumo da proposta enviada pela empresa.
Para pressionar a categoria a aprovar a proposta, a Petrobrás, mais uma vez, lança mão da velha tática de abonos e remuneração variável. No salário básico, o reajuste é apenas a correção da inflação pelo IPCA (5,24%). Já na RMNR, o reajuste oferecido é de 8,16%, sendo que os funcionários antigos ganham menos que os novos, com um índice que varia entre 7,43 e 8,16%. E, para fechar, a empresa propõe uma gratificação contingente de R$ 7.200 ou 1.05 remunerações normais (o que for maior), sendo que a antecipação dada na campanha de PLR será descontada. Leia a íntegra da proposta no arquivo anexo.
Com base nessa proposta, cujo índice de aumento é inferior ao de várias categorias, os petroleiros ficariam mais um ano sem aumento real no salário básico, situação completamente diferente dos metalúrgicos, dos bancários e até mesmo dos trabalhadores dos correios, que conseguiram reajuste em seus salários superiores à inflação. Também continuaria a discriminação com os aposentados que não receberiam sequer a reposição pelo ICV/DIEESE.
FNP indica rejeição
A diretoria executiva da FNP decidiu, por unanimidade, indicar a rejeição da 2ª proposta apresentada pela empresa. Seguindo uma posição histórica, aprovada no Congresso da Federação, não é possível indicar a assinatura de qualquer proposta discriminatória. Aprovar este acordo significará, mais uma vez, ajudar a empresa em seu objetivo de fragmentar a categoria, criando um abismo entre ativos e aposentados/pensionistas.
Além disso, a proposta desrespeita as decisões das bases, que exigem a discussão de todas as cláusulas da pauta histórica: econômicas e sociais. Nada foi proposto para as punições e demissões arbitrárias, para a anistia, AMS, PCAC, transferências, e centenas de outras demandas apontadas pelos trabalhadores.
A greve nacional realizada no dia 26 foi uma vitória da categoria, mas não pode ser encarada como uma ação isolada. Temos que dar continuidade à campanha, aliando a defesa por um ACT digno à luta contra os leilões do petróleo. Os petroleiros têm força e tradição de luta. Quem define qual é a última proposta é a categoria! (Com informações da imprensa da FNP).
Eixos da Campanha
* Aumento real é no Salário Básico, o resto é enganação!
* Chega de divisão entre os petroleiros. É hora de unificar a luta!
* Reposição da inflação pelo maior índice
* Reposição das perdas passadas
* Correção de todas as distorções da aplicação da RMNR desde 2007 e incorporação no Salário Básico
* Periculosidade pra valer! Incorporação da VP no Salário Básico
* Revisar o ANPR (Avanço de Nível e Promoção) e o ACJ (Avanço dos Juniores), avanço de nível e aceleração da carreira para todos!
* Incorporação na tabela salarial de todos os aumentos dados sob a forma de níveis;
* Reposição dos níveis concedidos aos ativos em 2004, 2005 e 2006 para os apoentados;
* Fim da tabela congelada;
* Novo Plano de Cargos e Salários;
* Horas Extras para nível superior;
* Pela desrepactuação e contra a separação da massas, Petros BD para todos!
* AMS 100% paga pela Petrobrás, de qualidade e igual para todos. Inclusão dos pais. AMS não é benefício, é direito!
* Auxilio Amazônia, já!
* Combater a política de terceirização e defender os direitos dos terceirizados. Trabalho igual, direitos iguais!
* Combate ao assédio moral e sexual. Contra o machismo, racismo e homofobia;
* Chega de mortes na Petrobrás.
* Promoção automática de Pleno para Sênior em 20 anos