PELEGUISMO – Centrais adotam nova estratégia para tentar mudar as regras

O Globo

As duas centrais sindicais que ainda estavam reticentes em apoiar a chamada fórmula 85/95 – a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) – cederam e resolveram se unir às outras entidades sindicais para cobrar a votação dessa regra. Diante da resistência do governo federal em acabar com o fator previdenciário, esta é a única alternativa viável no momento, de acordo com as centrais sindicais

Segundo o presidente da UGT, Ricardo Patah, foi preciso mudar de estratégia, pois não adianta continuar “dando murro em ponta de faca” diante das atuais circunstâncias do país e insistir no fim do fator simplesmente. Na opinião dele, a fórmula 85/95 é a melhor alternativa que existe hoje para os trabalhadores. Mas o presidente da UGT afirmou que, mesmo que o Congresso aprove a emenda este ano, a Central Sindical insistirá no fim total do fator previdenciário em 2013. O presidente da Câmara, Marco Maia, já adiantou, porém, que não votará nada que, de antemão, ele saiba que será vetado pela presidente Dilma Rousseff.

– Vale mais um pássaro na mão do que dois voando. Nossa mudança é estratégica. Não vamos deixar de querer o fim do fator previdenciário. Estamos no inferno, queremos chegar no céu, mas temos que passar pelo purgatório antes – disse Patah.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, disse acreditar que o Congresso aprovará o projeto da fórmula 85/95.

– É perceptível que temos dificuldade de fazer passar o fim do fator previdenciário a seco. Para chegar ao fim do fator, temos que dar um passo a mais que é a fórmula 85/95, porque ameniza a perda do trabalhador. E esse projeto passa no congresso. Passando isso, nós podemos conseguir o fim total do fator previdenciário – disse Vagner Freitas.