PCV: Com a aprovação da LOTTT, a classe trabalhadora conquista uma vitória parcial
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Os trabalhadores e trabalhadoras foram conclamados a analisarem e avaliarem a lei recentemente assinada pelo presidente Chávez. “Sabemos que existem conquistas e avanços alcançados, porém não conquistamos os elementos suficientes que nos permitam avançar como classe trabalhadora até nossa condição como classe dirigente do processo revolucionário”.
Caracas, 1 mai. 2012, Tribuna Popular TP.- “A classe trabalhadora conquistou uma vitória parcial com a aprovação pelo Presidente Chávez da nova Lei Orgânica do Trabalho”, afirmou Pedro Eusse no ato convocado pelas organizações classistas de trabalhadores e trabalhadoras no dia de hoje, na Plaza San Martín, nesta capital.
A manifestação foi convocada pela central trabalhadora União Nacional dos Trabalhadores da Venezuela (UNETE), a Corrente Classista de Trabalhadores “Cruz Villegas”, o Movimento Nacional pelo Controle Operário, a Plataforma dos Conselhos de Trabalhadores e Trabalhadoras da Grande Caracas, diferentes coletivos de delegados e delegadas de segurança, que integram a CONASAT e o Partido Comunista da Venezuela (PCV), juntamente com diversas organizações populares, reunindo algo em torno de mil dirigentes sindicais e militantes revolucionários.
Eusse, lembrou que, desde 2008, o movimento classista vinha lutando por uma nova Lei Orgânica do Trabalho (LOT), que tivesse um caráter revolucionário. Aponta, também, que “muitas das 19 mil propostas recolhidas pela Comissão Presidencial foram produzidas nesse momento”, quando o camarada Oscar Figuera presidia a Comissão Permanente de Desenvolvimento Social Integral da Assembleia Nacional, entre 2008 e 2009.
“A lei é resultado de um grande debate, de muita consulta, onde os trabalhadores e as trabalhadoras foram escutados; onde os sindicatos classistas se pronunciaram; onde os conselhos de trabalhadores foram ouvidos; onde os delegados e delegadas de prevenção (de acidentes de trabalho) puderam se pronunciar”, enfatizou Eusse.
Esta nova Lei Orgânica do Trabalho dos Trabalhadores e Trabalhadoras (LOTTT), assim batizada pelo presidente, “é uma conquista nossa”, afirmou o dirigente comunista.
O PCV conclamou os trabalhadores e as trabalhadoras para analisarem e avaliarem essa lei recentemente assinada pelo presidente Chávez. “Sabemos que existem conquistas e avanços alcançados, porém não conquistamos os elementos suficientes que nos permitam avançar como classe trabalhadora para nossa condição como classe dirigente do processo revolucionário”, tarefa que deve ser conquistar. “Isso não se mendiga, se conquista com consciência e luta”.
O Partido Comunista também chamou a classe trabalhadora para se unir e construir uma força suficiente para tomar o Estado do jugo da burguesia e desmontar as relações capitalistas de produção que ainda existem na Venezuela.
“Não só nas empresas privadas, mas também nas empresas públicas, já que muitas delas, mesmo estando nas mãos do Estado, são dirigidas como as piores empresas privadas, sendo os trabalhadores explorados e com seus direitos atropelados”, enfatizou Pedro Eusse.
É necessário travar uma grande batalha nas empresas do Estado para abrir caminho para as relações socialistas de produção, destacou Eusse. “Aqui, todavia, não conquistamos o socialismo. O Presidente Chávez disse ontem algo muito importante: não somente os patrões privados cometem violações aos direitos das e dos trabalhadores. A burocracia também está atentando todos os dias contra os nossos mais elementares direitos”.
Não existe unidade na classe trabalhadora na Venezuela
O Partido Comunista também se referiu ao problema da unidade da classe trabalhadora na Venezuela. “Temos que reconhecer que não há unidade. Estão tentando impor um sindicalismo patronal, sem independência e que se ajoelha diante dos patrões públicos e, também, dos privados, até o ponto de, inclusive, propiciar o assassinato de trabalhadores, dirigentes sindicais e delegados de prevenção”, denunciou Eusse.
O PCV convocou a derrotar esse sindicalismo parasitário, tal como se derrotou o sindicalismo da Confederação dos Trabalhadores da Venezuela no passado, “porque não venham se pintar de vermelho e se colocarem ao lado de patrões e opressores”, enfatizou.
Nesse contexto, Pedro Eusse levantou a necessidade de trabalhar um plano para alcançar a unidade da classe trabalhadora, “porque sem unidade da classe trabalhadora, seremos vencidos por nossos inimigos”, indicou.
A unidade orgânica com uma direção classista e revolucionária é a única garantia de vitória, acrescentou.
Também o PCV chamou a iniciar um intenso trabalho em cada local de trabalho, em cada empresa e instituição para discutir com os trabalhadores e avaliar a nova LOTTT. “É preciso utilizar os avanços que existem e criticar o que precisa ser criticado para, assim, continuar construindo força para definitivamente conquistar o poder para a classe operária e o povo trabalhador”, destacou finalmente.
VÍDEO:
http://www.tribuna-popular.org/index.php?option=com_content&view=article&id=1351
Fonte: http://www.tribuna-popular.org
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)