Operários do Comperj lutam e enfrentam a intransigência da patronal

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Os Operários que trabalham nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, na região leste do Estado do Rio de Janeiro, entraram em greve na última quarta-feira (5). As principais reivindicações dos trabalhadores são melhores condições de trabalho e reajuste salarial de 15%.

Segundo um operário que está à frente da greve, a situação não é nova. No ano passado, foram cinco paralisações reivindicando questões semelhantes, também sem o apoio do sindicato. “Tem consórcio em que falta água, então chega no fim do dia e não tem o que beber, ou como tomar banho”, disse.

O assessor do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), Ronaldo Moreno, que acompanha a situação em Itaboraí, afirmou que os operários pararam no dia 31 de janeiro, mas a greve foi deflagrada só no dia 5 de fevereiro e deve persistir por tempo indeterminado. “A situação está sem controle. Há muitas ilegalidades sob os olhos da Petrobras”, afirmou.

Não é de hoje a persistência das irregularidades nos canteiros da obra. A comida servida aos trabalhadores não tem qualidade e, por vezes, chega estragada. Quem se recusa a comer é ameaçado. Há também quem não receba seus salários desde o Natal. Ao todo, mais de 20 mil trabalhadores aderiram à greve.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Plano de Construção, Montagem e Manutenção Industrial de São Gonçalo, Itaboraí e Região (Sinticom), filiado à CUT, teve o carro incendiado pelos trabalhadores que protestavam na BR-116. Diante da postura omissa e a tentativa de defender as propostas da patronal os operários atearam fogo em um dos carros do sindicato.

Nos solidarizamos e apoiamos incondicionalmente a luta dos operários dos canteiros de obras do Comperj. Exigimos das empreiteiras o imediato atendimento do reajuste salarial defendido pelos operários. Exigimos o atendimento de todas as reivindicações que garanta o regular pagamento dos salários e melhores condições de trabalho.

O SINDUSCON-RJ deve convocar a formação de um Comando de Greve, controlado pelos operários em luta, que dirija as mobilizações e negocie com a patronal.

Todo apoio à greve dos operários do COMPERJ.

Pelo atendimento de todas as reivindicações da categoria!