NOTA POLÍTICA DA UNIDADE CLASSISTA – FRAÇÃO SIND-UTE

Diante da crise sistêmica do capital agravada pela COVID-19, o governo de Romeu Zema (NOVO), que de novo não tem nada, pois é apenas a continuidade no âmbito estadual das famigeradas políticas ultra-liberais de desmonte do Estado e drenagem dos recursos públicos para atender os interesses dos empresários, ou seja, estado máximo para o capital e mínimo para os trabalhadores. Ademais, a única preocupação deste governo é com os lucros privados dos ricos em detrimento vida dos trabalhadores mineiros.

Na exata medida que anunciou mais um pacote de crédito de R$ 1,1 bilhão para os empresários, parcela significativa do funcionalismo público continua com seus pagamentos atrasados, parcelados sem contar na criminosa deliberação que obriga o retorno das atividades para os servidores da educação.

            No dia 09 de abril, contrariando as recomendações da organização mundial da saúde (OMS) o Comitê Extraordinário do Covid-19, sob presidência do secretário de estado de saúde, deliberou o retorno das atividades para alguns setores (diretores, vice-diretores, coordenadores, ATBs, ASBs e inspetores) da Educação para o próximo dia 14. Os servidores deverão voltar sob regime de teletrabalho, exceto os ASBs que deverão se expor ao risco do contágio do COVID-19, tendo que se locomover por transporte público e aumentando a circulação de pessoas nos municípios.

            A partir do dia 22 de abril, PEBs, especialistas e auxilares retornarão também sob regime de teletrabalho. Nem todos professores e estudantes têm acesso a equipamentos adequados e planos de Internet e nem estão aptos para acessar ferramentas digitais de ensino. Cerca de 30% dos estudantes mineiros não têm acesso à Internet. Haverá punições para os servidores que não se adequarem ao regime de educação à distância? E os estudantes? Serão reprovados por não terem meios de acompanhar à distância?

            A greve da Educação continua e se mostra cada vez mais necessária contra o grande aliado de Bolsonaro. Em meio ao aumento de casos e mortes por COVIV-19, Zema estuda protocolo para os municípios que querem encerrar o isolamento social e diz que “precisamos que o vírus viaje um pouco”. O discurso facínora de salvar a economia em detrimento da vida dos trabalhadores mineiros não deve ser acatado. 

A vida acima do lucro!

Nenhum direito a menos! Avançar sobre novas conquistas!

Pelas liberdades democráticas!

Pelo poder popular!