Nota de repúdio ao cerceamento da autonomia sindical e universitária

Diversos sindicatos e universidades tem sido alvos de ações arbitrárias da Justiça Eleitoral e da Polícia Federal nos últimos dias. Em todas elas, o modus operandi é o mesmo: os agentes invadem sedes de entidades trabalhistas e departamentos acadêmicos para apreender jornais, panfletos, cartazes e bandeiras que expressem o repúdio ao fascismo e a defesa das liberdades democráticas.

Tais ações autoritárias, intensificadas às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais, configuram gravíssimos atentados à liberdade de expressão, à autonomia universitária, ao direito de organização estudantil e à autonomia do movimento sindical. Além disso, ao classificar a luta contra o fascismo e em defesa da democracia como campanha eleitoral contrária a Jair Bolsonaro, juízes eleitorais e chefes de polícia estão admitindo oficialmente o caráter fascista e antidemocrático do candidato do PSL.

Os trabalhadores e os estudantes organizados tem não apenas o direito, mas também o dever de alertar suas bases sociais para as diferenças entre os programas de governo de cada partido e contribuir na reflexão sobre as consequências que a vitória de um ou outro candidato podem trazer para a as relações de trabalho e para a educação pública.

Independentemente do resultado nas urnas neste domingo (28), a Unidade Classista não se calará diante das injustiças cometidas contra a classe trabalhadora e a Universidade Pública. O movimento neofascista no Brasil não se resume ao âmbito eleitoral. Portanto, além de lutar pela derrota de Bolsonaro nas urnas, cerraremos fileiras nas ruas junto a todas as entidades políticas, sindicais, estudantis e populares dispostas a combater o fascismo e defender as liberdades democráticas.

Abaixo à censura!

Ditadura nunca mais!

Coordenação Nacional da Unidade Classista.