Nota da Diretoria Colegiada da Fentect aos sindicatos e trabalhadores dos Correios

A Diretoria Colegiada da Fentect esteve em Brasília nessa segunda e terça-feira, dias 3 e 4 de setembro, para sua primeira reunião. A reunião foi convocada de comum acordo entre os dois blocos políticos que compõem a Federação, depois de muita insistência do bloco minoritário (Articulação Sindical do PT/MSB/racha da CTB/PCdoB) de que a reunião fosse realizada o mais rápido possível, apesar de termos explicado inúmeras vezes que seria inviável devido à prioridade da campanha salarial. Foi explicado também que a direção da campanha salarial é do Comando de Negociação e que não aceitaríamos nenhum tipo de intervenção por parte da direção da Fentect nas decisões.

No entanto, no momento da reunião, os representantes do bloco minoritário recusaram-se a participar, retirando-se do local onde a mesma iria se realizar.

O bloco minoritário tem propositalmente se recusado a participar de qualquer atividade pública em prol da categoria.

Não mandam todos os representantes para participarem do Comando de Negociação, organização democrática composta pelos representantes de todos os sindicatos filiados; não participam das assembleias convocadas pela Fentect em São Paulo e no caso do Rio de Janeiro chegaram ao extremo de atacar os ativistas e diretores da Fentect que estavam convocando a própria assembleia da Fentect.

Embora tenham a possibilidade de influir sobre a campanha salarial democraticamente através do Comando, preferem sabotá-la nos bastidores como sempre fizeram.

O boicote à campanha salarial é tamanho que o sindicato de Ribeirão Preto publica em seus materiais ataques à Fentect, reproduzindo as calúnias da direção da empresa de que não queremos negociar!

O boicote da ala minoritária da Fentect não deve surpreender os trabalhadores. Esse grupo esteve por anos na direção da Fentect e foram os responsáveis por todas as derrotas e traições contra a categoria, junto com a diretoria dos sindicatos de São Paulo e Rio de Janeiro, que hoje querem dividir o movimento.

Foram os coautores do acordo bianual, do banco de horas, das PLRs rebaixadas, do desconto e compensação dos dias parados da greve de 2011, colaboraram com a aprovação da MP532 da privatização etc. Abriram caminho, por meio da aprovação do atual PCCS, para o SAP e o SARC, instrumento de perseguição e assédio a toda categoria.

O boicote dos tradicionais pelegos conhecidos da categoria é uma política diretamente orientada pela direção da ECT. No último final de semana, inclusive, representantes do bloco minoritário da Federação estiveram reunidos com chefes e diretores da empresa. Nessa reunião, estiveram presentes os negociadores da ECT e outros chefes e diretores de cúpula da empresa.

Isto não é novidade. Sempre foi e continua sendo estreita a relação entre este bloco e a direção da ECT. Os sindicalistas da atual minoria mostra que não tem nenhum compromisso com os trabalhadores, não são mais que uma correia de transmissão da política do atual governo e da direção da empresa em detrimento do trabalhador ecetista.

O Movimento de Oposição ao Peleguismo, que hoje compõe a maioria da direção colegiada da Fentect, como sempre tem feito, tem colocado em ação todos os seus esforços pela vitória da nossa campanha salarial e vai continuar trabalhando para mobilizar os trabalhadores na base, sem se importar com a sabotagem desses sindicalistas e dos seus aliados que dividiram a Fentect e o nosso movimento nacional em favor dos patrões.

Enganam-se os pelegos e traidores que a ajuda explícita da direção da ECT será suficiente para derrotar o desejo da categoria de mudança e de retomar definitivamente o movimento sindical para os interesses da categoria. Como no ano passado, os trabalhadores mobilizados passarão por cima daqueles que sempre traíram a luta.

Chamamos os trabalhadores a defender as nossas reivindicações aprovadas democraticamente no nosso XI Congresso, o calendário de lutas do Comando de Mobilização democrático formado pelos 41 representantes dos sindicatos e da Fentect, com o início da greve para a zero hora do dia 11 de setembro. Pela unidade da categoria contra os divisionistas patronais e pela vitória da nossa greve contra as manobras da direção da ECT e dos divisionistas no nosso movimento.