Medo da desocupação

Correio Braziliense

A persistência da crise internacional e a instabilidade econômica por ela gerada estão entre os fatores que têm levado os trabalhadores a ficarem mais pessimistas quanto ao seu futuro profissional. Uma pesquisa divulgada ontem, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que o medo de perder o emprego aumentou entre os brasileiros. Em setembro, o chamado Índice do Medo do Desemprego cresceu 0,8% em relação ao último levantamento feito pela entidade, em julho deste ano.

O indicador registrou 75,3 pontos no nono mês do ano. Quanto mais cresce o número, maior o medo da desocupação. Dois meses antes, em julho, esse número era de 74,7 pontos. Para o gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, apesar de ter subido em setembro, “o índice ainda está baixo”, disse, em nota.

Crença na vida

Ele citou que o temor em relação ao desemprego é maior entre quem está mais satisfeito com a vida, “porque há uma tendência de as pessoas temerem a perda do que conquistaram”. Também em setembro, o chamado Índice de Satisfação com a Vida atingiu 106 pontos — o terceiro maior registro da série iniciada em 2003. As comparações com meses anteriores mostram que a satisfação vem crescendo: em julho deste ano, o índice atingiu 104,2 pontos. A pesquisa também relacionou o número com a renda das pessoas e viu que trabalhadores que ganham mais de cinco salários mínimos são mais satisfeitos com a vida.