Mais de 8 mil ferroviários grevistas são demitidos na Coreia do Sul

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Os trabalhadores ferroviários da Coreia do Sul têm se organizado em oposição a reestruturação do setor ferroviário que vem sofrendo com a privatização promovida pelo governo.

Diante da falta de diálogo e opressão do Estado, a categoria optou pela greve que teve início na primeira semana de dezembro.

Em um ataque flagrante contra os direitos sindicalistas e de organização do movimento dos trabalhadores, a presidente do país, Park Geun-hye demitiu mais de 8500 grevistas do Sindicato dos Ferroviários Coreanos (KRWU) e prendeu alguns dos principais líderes da mobilização. Sem nenhum mandado, o escritório da Confederação dos Sindicatos da Coreia (KCTU) foi invadido em uma operação que envolveu cerca de 4 mil policiais.

O acontecimento é uma clara afronta aos trabalhadores coreanos, violando os direitos básicos de mobilização democrática. Os ferroviários membros da Federação Coreana de Servidores Públicos e Trabalhadores de Transportes (KPTU) têm também se colocado contra a privatização da ferrovia nacional, que segundo a federação, colocaria não somente o emprego dos trabalhadores em risco como também a saúde e segurança dos funcionários e dos usuários do sistema de transporte.

Por todos estes motivos, entidades de todo o mundo têm declarado solidariedade aos ferroviários da Coreia que decidiram greve geral que acontecerá no dia 28.

O movimento sindical na França também enviou seu apoio e carta de moção. A Solidaires se coloca contra a repressão e a criminalização dos movimentos dos ferroviários e contra a privatização do transporte no país.