Magistério paranaense inicia greve com grande adesão

andes.org.br

Os professores e funcionários da educação pública do Paraná iniciaram na quarta-feira (23) uma greve que busca a resolução de cinquenta problemas por parte do governo estadual, entre eles a abertura de concursos públicos, o pagamento do piso salarial e 33% de hora-atividade para os professores. A adesão à greve é grande, chegando, segundo a Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato), a 80% de professores e funcionários paralisados.

A greve iniciou na manhã de quarta-feira com atos em diversas cidades do estado, e um grande ato na frente do Palácio do Iguaçu, em Curitiba, que contou também com a presença de estudantes. Os grevistas montaram acampamento em frente à sede do poder executivo estadual e lá ficarão até o final do movimento paredista. Haverá uma programação política e cultural durante os dias de acampamento aberta a toda comunidade.

Já na tarde do primeiro dia de greve os professores foram chamados pelo governador Beto Richa (PSDB) a negociar suas pautas com o governo. Diretores do sindicato foram recebidos pelo governador, que prometeu responder até o final de quinta-feira (24) a possibilidade de negociação sobre os 33% de hora-atividade, o reajuste do Piso Salarial do Magistério, o reajuste dos funcionários, a suspensão do corte do auxílio-transporte, a alteração dos contratos PSS e o pagamento das promoções e progressões em atraso.

Na reunião, os professores ainda questionaram o governador sobre a nota publicada no site da Secretaria de Estado da Educação (SEED) que alega que os professores do Paraná recebem 70% a mais do que o Piso Nacional. Na realidade, o governo estadual paga abaixo do Piso. Além disso, a APP reafirmou a continuidade da greve. Esta só poderá ser suspensa após a realização de uma assembleia estadual, que apenas será convocada quando o governo apresentar uma proposta concreta de atendimento da pauta.